Alunos coletam e trocam materiais recicláveis por 'dinheiro' em escolas de Ibirá
As cédulas, que têm até uma faixa holográfica imitando as verdadeiras, foram impressas com autorização da prefeitura, que encampou o projeto, lançado no dia 6 de junho, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Para cada 35 latinhas de alumínio ou garrafas plásticas, o aluno recebe IR$ 1 (1 ibirazinho real). Assim, ele acumula dinheiro para consumir nas lojas escolares.
Com IR$ 2, por exemplo, é possível comprar canetinhas marca-texto ou bolinhas de pingue-pongue. Juntando IR$ 5, já se compra uma bola de basquete. "O envolvimento dos alunos mexeu com os pais e, aqueles que não faziam, passaram a separar o lixo em casa", contou o professor Araújo Junior, autor da iniciativa.
Conforme o professor, cada escola recebe 200 cédulas por semana. O material coletado é comprado por uma cooperativa de recicláveis e, com o dinheiro, a prefeitura abastece as lojinhas, que abrem um dia por semana para atender os estudantes. O projeto é totalmente sustentável, segundo ele. "Além dos cuidados com o meio ambiente, que reforçamos durante as aulas, os alunos aprendem noções de economia e a lidar com o dinheiro", disse.
O resultado mais evidente está nas ruas da cidade, totalmente livres de lixo. "Depois que o projeto começou, meu filho organiza o lixo em casa, separa os recicláveis e leva para a escola. Ele também faz a coleta nas casas vizinhas e na padaria", afirmou a dona de casa Silvia Claro, mãe de um aluno de 11 anos.
Já o estudante Edson Gregati Junior, de 12 anos, disse que já conseguiu IR$ 12, após coletar latinhas na rua e pedir para os vizinhos.
Na cidade, estância hidromineral conhecida pelas propriedades curativas de suas águas, não se fala em outra coisa. "Achei a ideia maravilhosa e, como separamos o material reciclável, estamos colaborando", declarou Mariele Lourenço da Silva, funcionária da panificadora Oliva, na região central.
Conforme a secretária de Educação, Alessandra Cristina Pinheiro, o plano é ampliar o projeto a outros segmentos da comunidade. "Na próxima etapa, vamos buscar parcerias com o comércio local para que eles também possam receber o ibirazinho real", disse.
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