Von der Leyen promete reformas sociais e climáticas antes de votação crucial da UE
Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A indicada para chefiar a comissão executiva da União Europeia apresentou propostas de reformas econômicas, ambientais e sociais em iniciativa para angariar apoiadores num desanimado Parlamento Europeu que votará a confirmação da indicação da alemã ao cargo na terça-feira.
Buscando conquistar os socialistas, cujo apoio é chave para conseguir a maioria que precisa, a conservadora Ursula von der Leyen disse na segunda-feira que apoiaria a garantia de um salário mínimo europeu e a criação de um sistema de benefícios para desempregados.
Em cartas para os líderes liberais e socialistas da assembleia, ela também disse que regras orçamentárias da UE seriam interpretadas com mais flexibilidade e seriam remodeladas para uma postura mais favorável ao crescimento --postura que parece divergir das tradicional política de restrição fiscal da Alemanha.
Suas promessas parecem ter recebido o apoio de importantes membros de ambos os partidos.
"Estes são compromissos positivos que justificam nosso apoio na votação de amanhã", disse o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, no Twitter.
"Estamos esperamos que o debate parlamentar confirme e esclareça sua visão sobre os tópicos como coesão e desenvolvimento rural... e a necessidade de abordar a crise de habitação da Europa", publicou Costa no Twitter.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também socialista, publicou no Twitter que também apoiará a candidatura da alemã, mas que "continuará exigindo mais iniciativas sociais para a Europa".
Margrethe Vestager, que era a candidata liberal para o principal cargo da Comissão, também falou em apoio a Von der Leyen, ao publicar no Twitter: "Parlamentares europeus: não percam a oportunidade histórica de tornar o equilíbrio de gêneros nos principais cargos da UE uma realidade."
Se confirmada, Von der Leyen será a primeira mulher a liderar a poderosa Comissão, que supervisiona negociações comerciais, decisões antitruste e políticas abrangentes para 500 milhões de europeus.
A alemã anunciou nesta segunda-feira que irá renunciar a seu atual cargo como ministra de Defesa da Alemanha, mesmo se não for confirmada como presidente da Comissão. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse respeitar a decisão.
Von der Leyen falará ao Parlamento em Estrasburgo na manhã de terça-feira. Parlamentares então realizarão um debate e uma votação para aprovar ou não, de maneira secreta, a indicação às 13h (horário de Brasília).
Ela precisa dos votos de 374 dos 747 membros do Parlamento para ser confirmada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.