RDC confirma primeiro caso de ebola na cidade de Goma
Kinshasa, 15 jul (EFE).- Autoridades de saúde da República Democrática do Congo (RDC) confirmaram nesta segunda-feira o primeiro caso de ebola na cidade de Goma, capital do estado de Kivu do Norte e na qual vivem mais de um milhão de pessoas.
Segundo o Ministério de Saúde congolês, se trata de um pastor evangélico que retornou de ônibus para Goma no dia 14 de julho após permanecer vários dias em Butembo, um dos atuais epicentros desta epidemia.
"Devido à velocidade com a qual o paciente foi identificado e colocado em isolamento, assim como à identificação de todos os passageiros do ônibus de Butembo, o risco de propagação para o resto da cidade de Goma permanece baixo", afirmou o ministro de Saúde do país, Oly Ilunga Kalenga.
Durante a sua missão em Butembo, o pastor pregou em sete igrejas e começou a sentir os primeiros sintomas no dia 9 de julho, por isso que foi tratado por uma enfermeira na sua residência até que partiu para Goma três dias depois, segundo o ministério.
Na rota entre Butembo e Borracha, o ônibus no qual viajava passou por três pontos de controle de saúde, nos quais era medida a temperatura de todos os passageiros, e em todos eles o homem escreveu um nome e sobrenome diferente "em um desejo de esconder sua identidade".
Neste domingo, uma vez em Goma e após comparecer voluntariamente a um centro de saúde, foi levado ao Centro de Tratamento do Ebola (ETC) da cidade, onde os exames de laboratório deram positivo para ebola
Tanto o motorista do ônibus como os outros 18 passageiros que viajavam nele serão vacinados, informou o ministro de Saúde, que assegura que a cidade de Goma, com mais de 3.000 funcionários da saúde já vacinados e treinados na detecção deste tipo de caso, está preparada para evitar a propagação do vírus do ebola.
"Se todos os cidadãos tomarem as medidas de saúde recomendadas pelo Ministério de Saúde, podemos assegurar que este caso de ebola detectado em Goma será um caso esporádico que não causará um novo surto", declarou Kalenga em comunicado. EFE
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