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Netanyahu compara reação da UE diante do Irã a "passividade" com nazistas

15/07/2019 17h21

Jerusalém, 15 jul (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira em sua página no Facebook que a reação da União Europeia (UE) diante da violação do Irã ao acordo nuclear lhe lembra a passividade da Europa nos anos prévios à Segunda Guerra Mundial.

Depois das declarações da alta representante da UE para Política Externa, Federica Mogherini, de que as violações iranianas do acordo não representam uma "infração significativa", Netanyahu se mostrou incomodado e comparou a situação com as falhas na diplomacia com a Alemanha nazista na década de 1930.

"Naquela época também havia gente que enfiava a cabeça na areia e não via o perigo que se avizinhava", declarou o primeiro-ministro israelense.

"Parece que na Europa alguns não acordarão até que os mísseis nucleares iranianos aterrissem em território europeu, mas aí será muito tarde", alertou.

Além disso, Netanyahu, que ontem tinha dito que o exército israelense é o único preparado para lutar contra o Irã, ressaltou que Israel fará "tudo o que for necessário para prevenir que o Irã obtenha armas nucleares".

Em entrevista coletiva em Bruxelas, Mogherini disse hoje que a UE lamentava os passos dados pelo Irã e cobrou o país "a voltar ao cumprimento pleno", como fez nos últimos anos, e que os passos dados são "reversíveis".

A política italiana também pediu que o governo iraniano "reverta" certos descumprimentos do pacto nuclear de 2015, confirmados pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia).

O Irã começou a infringir compromissos relacionados com o enriquecimento de urânio depois que os Estados Unidos se retiraram do acordo e após acusar a UE de não fazer o suficiente para continuar contando com os alívios econômicos que lhe permite respeitar o pacto.

Em maio de 2018, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a saída do seu país do acordo nuclear e voltou a impor sobre a economia iraniana todas as sanções que tinham sido suspensas com o pacto, inclusive as que pesam sobre o setor petroleiro, uma ação que foi aplaudida por Israel, que considera o Irã uma ameaça existencial e sempre se opôs ao pacto. EFE

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