Mourão garante compromisso do Brasil com meio ambiente e Acordo de Paris
Rio de Janeiro, 15 jul (EFE).- O vice-presidente Hamilton Mourão garantiu nesta segunda-feira o compromisso do governo com a preservação do meio ambiente e com o Acordo de Paris sobre a Mudança Climática, mas alertou que muitas das pressões recebidas pelo país são de interessados em restringir o crescimento da economia brasileira.
"No meio ambiente, o Brasil é visto com lupa pelo concerto das nações, mas há duas visões: a das pessoas que realmente estão preocupadas com o meio ambiente e a das pessoas que estão preocupadas com o potencial de produção agrícola e mineral do país", afirmou Mourão em entrevista coletiva concedida a correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro.
Segundo o vice-presidente, há grupos que criticam as políticas ambientais do Brasil por estarem interessados em impedir que o país aumente ainda mais a produção do agronegócio e das mineradoras.
Apesar das críticas de organizações de proteção ao meio ambiente ao presidente de Jair Bolsonaro, que teria flexibilizado o desmatamento da Amazônia, Mourão garantiu que o governo federal está comprometido em preservar as reservas naturais.
"Nosso governo não deixará em nenhum momento de lutar a todo custo pela preservação dos nossos ecossistemas. (...) Estamos comprometidos com nossos ecossistemas porque sabemos que a vida na terra depende da preservação do meio ambiente", afirmou o vice-presidente.
Mourão alegou que os órgãos de fiscalização têm limitações para cuidar das enormes áreas de proteção ambiental do país, mas ressaltou que o governo ofereceu a ajuda das Forças Armadas nas operações de combate ao desmatamento. A parceria, segundo ele, teria conseguido impedir a devastação que estava sendo registrada no sudeste do Pará.
Para Mourão, uma das provas de que o governo está comprometido com a preservação é o acordo de livre-comércio assinado entre Mercosul e União Europeia (UE), que inclui cláusulas que permitem que os europeus bloqueiem importações do Brasil se considerarem que o país não está cumprindo com os compromissos assumidos em acordos ambientais.
"Há uma crítica grande e uma pressão sobre o governo pelo meio ambiente. Mas nós não estamos fora do Acordo de Paris. É impossível estar fora do acordo. A agenda ambiental é global e ninguém pode fugir", disse o vice-presidente.
Mourão não quis esclarecer se, como outros integrantes do governo, considera que as mudanças climáticas não têm relação com a intervenção humana.
"Não tenho dúvida que o clima sofreu mudanças. O que se discute, e não entro no mérito desta discussão por não ser especialista, se são mudanças de ciclo, como já ocorreram em outras épocas, ou se é algo estrutural que permanecerá", afirmou.
"O Brasil é consciente de sua responsabilidade ambiental pelas características de seu território e a quantidade de ecossistemas que temos, que têm que ser preservados. Temos um enorme território, com diversidade biológica que tem que ser protegida", continuou Mourão.
O vice-presidente também falou sobre os questionamentos feitos ao Brasil pela quantidade de agrotóxicos utilizados pelo agronegócio. Para Mourão, em uma agricultura moderna e intensiva como a realizada no país, é preciso buscar formas de controlar pragas que estão em constante mutação. EFE
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