Mourão diz que Brasil terá relações com Argentina independente de governo
Rio de Janeiro, 15 jul (EFE).- O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que o Brasil terá relações com qualquer governo na Argentina, independente de quem ganhar as eleições presidenciais de outubro no país vizinho.
"Nossas relações com a Argentina são de Estado. Por isso, independentemente do governo que for eleito, trabalharemos juntos para buscar o melhor para os nossos países", afirmou Mourão em entrevista coletiva para correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro.
Sobre a preferência manifestada reiteradamente pelo presidente Jair Bolsonaro pela reeleição de Mauricio Macri, o vice-presidente afirmou que não se pode deixar de apoiar um chefe de Estado com o qual já existem boas relações, mas esclareceu que a relação entre os dois maiores países do Mercosul está acima de governos.
"O apoio do nosso presidente a Macri condiz com o fato de que, pelos laços de amizade já conseguidos, ele espera que o governante argentino possa ser reeleito", afirmou.
Mourão enfatizou a importância da relação entre os dois países um dia depois que Bolsonaro reafirmou seu apoio à reeleição de Macri e sua preocupação com uma possível vitória da chapa formada por Alberto Fernández como titular e Cristina Kirchner como vice-presidente em entrevista publicada pelo jornal argentino "Clarín".
"Se o pessoal de Cristina Kirchner voltar, eu acho que a Argentina terá problemas muito sérios. O que está em jogo é a liberdade e a democracia", afirmou Bolsonaro.
Além disso, o presidente brasileiro questionou duramente a chapa da oposição argentina por suas críticas ao acordo de livre-comércio alcançado no fim de junho por Mercosul e União Europeia.
"Eu não quero que a Argentina siga o caminho da Venezuela. Por isso eu desejo a reeleição de Macri, na verdade, desejo apenas que Cristina Kirchner não volte ao poder, sabendo e tendo consciência de que eu não vou interferir politicamente em outro país", acrescentou Bolsonaro.
Para Mourão, por outro lado, Brasil e Argentina são dois parceiros inseparáveis com caraterísticas e capacidades que se complementam.
"Há três meses me reuni com a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, e conversamos sobre a possível criação de uma espécie de Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos alimentos, que seria muito importante para o Mercosul devido ao fato de que somos grandes exportadores de alimentos", declarou. EFE
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