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Itália estuda revogar concessão de empresa de ponte desabada

26/06/2019 08h42

ROMA, 26 JUN (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, realizou uma reunião na noite desta terça-feira (25) para debater a possibilidade de revogar a concessão da empresa Autostrade per I'Italia, considerada uma das responsáveis pela tragédia em Gênova, mas não chegou a nenhuma decisão. A medida está ligada ao desabamento da ponte Morandi, que matou 43 pessoas no dia 14 de agosto do ano passado. Além de Conte, a reunião também contou com a presença do vice-premier e ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Luigi Di Maio, e do ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli.   

Durante a discussão, o Movimento 5 Estrelas (M5S) exigiu novamente a revogação da concessão, mas encontrou o veto do partido ultranacionalista Liga, do ministro do Interior Matteo Salvini.   

O pedido foi feito no dia da colocação da primeira pedra da nova ponte, mas também em um momento muito delicado, já que a empresa controlada pela Atlantia da Benetton está envolvida em vários dossiês e, recentemente, também no possível resgate da Alitalia.   

Na manhã desta quarta-feira (26), Toninelli voltou a dizer que, apesar de não terem chegado a um consenso ontem, o governo vai revogar a concessão da Autostrade no caso de surgirem deficiências óbvias e, em qualquer caso, o procedimento complexo previsto pelo acordo será seguido.   

O governo acusa a concessionária de ter responsabilidade pela tragédia do colapso da Ponte Morandi por não ter realizado adequadamente a manutenção da obra. A empresa sempre negou qualquer objeção. (ANSA)
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