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Huawei afirma que expansão do 5G não será afetada por veto dos EUA

26/06/2019 08h49

Xangai (China), 26 jun (EFE).- A multinacional tecnológica chinesa Huawei afirmou nesta quarta-feira que o veto dos Estados Unidos aos seus produtos não vai conter a expansão da sua tecnologia 5G, ressaltando que é e continuará sendo líder mundial no desenvolvimento desta tecnologia.

"Posso dizer claramente a todo o mundo que na questão do 5G não vamos ser afetados por nada, nem nos contratos que assinamos nem nos que ainda vamos assinar", disse o vice-presidente global da Huawei Technologies, Ken Hu, em entrevista coletiva durante o Mobile World Congress de Xangai.

Hu destacou que a multinacional conseguiu assinar até o momento 50 contratos comerciais para o 5G, 28 deles na Europa, 11 no Oriente Médio, seis na Ásia Pacífico, quatro na América e um na África.

Além disso, distribuiu mais de 150 mil estações base por todo o mundo e mais de 2.570 patentes em torno desta tecnologia, aproximadamente 20% do total mundial, que cobrem aspectos como os terminais, os chips e a infraestrutura.

"Vamos continuar sendo líderes em 5G porque, entre outras coisas, vamos manter e aumentar o investimento", destacou Hu, que lembrou que a companhia começou há já uma década as pesquisas em torno desta tecnologia e que até o momento investiu mais de US$ 4 bilhões.

Em plena guerra comercial entre China e EUA, em meados de maio o governo de Donald Trump incluiu a Huawei em uma lista negra acusando-a de ser suspeita de espionagem e a proibiu de vender equipamentos tecnológicos e colaborar com empresas e instituições americanas.

Como consequência disto, empresas como o Google anunciaram que deixavam de prestar serviços tecnológicos à companhia chinesa, uma situação que inquietou milhões de usuários de telefones celulares no mundo diante da incerteza pelas futuras atualizações do sistema operacional Android (pertencente ao Google).

"Como companhia, pensamos que é um tratamento injusto para a Huawei porque as acusações não se baseiam em fatos", lamentou hoje Hu, que afirmou que as operações comerciais da empresa "são normais", embora tenha reconhecido que há "certa oscilação", já que, apesar de as vendas em alguns países estarem caindo, na China estão crescendo. EFE

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