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Escolas fechadas, bananas congeladas e fé: europeus enfrentam onda de calor

26/06/2019 14h44

PARIS/BERLIM (Reuters) - Autoridades francesas anunciaram o fechamento de escolas e restrições de trânsito nesta quarta-feira como formas de enfrentar o calor, enquanto diversas partes da Europa continuam a sofrer com uma onda de temperaturas altas.

Moradores e turistas se refrescaram em fontes, rios e lagos de Paris a Munique, à medida que os termômetros se recusavam a descer da casa dos 30 graus Celsius. Partes do sul da França e da Espanha registraram temperaturas acima de 40 graus. 

Até os animais ganharam atenção especial. No zoológico de Berlim, por exemplo, os primatas receberam bananas congeladas para comer. 

No Estado de Brandenburg, no leste da Alemanha, a polícia publicou uma foto de um homem que havia sido parado por pilotar uma motocicleta pelado, usando apenas um capacete. Parlamentares no estado de Hesse receberam a permissão de usarem bermudas na assembleia regional. 

No Vaticano, peregrinos idosos e enfermos assistiram à audiência semanal do Papa Francisco em grandes telas em um auditório com ar condicionado para evitar as temperaturas sufocantes de Roma. 

Os reunidos do lado de fora, na Praça de São Pedro, se protegiam embaixo de guarda-chuvas. 

"É sobre fé. Eu acho maravilhoso que tantas pessoas venham aqui com esse sol a essa hora para estarem próximas do Santo Padre. É uma demonstração de fé", disse o estudante espanhol Francisco Cuka. 

Autoridades alemãs e francesas alertaram para possível escassez de água, voluntários distribuíram garrafas d'água para moradores de rua na Bélgica e na Polônia --que registrou sua maior temperatura da história em junho nesta quarta-feira: 38,2 graus Celsius-- o uso de ventiladores ajudou a elevar a demanda de energia elétrica para uma alta recorde. 

A Espanha disse que temperaturas poderiam exceder os 42 graus Celsius nos próximos dias, o patamar mais alto desde 1975.  

(Reportagem de Joseph Nasr, Thomas Escritt e Paul Carrel, em Berlim; Antonio Denti e Fabiano Franchitti, em Roma; Luke Baker, em Paris; Alexandra Regida, em Bruxelas; Joan Faus, em Madri; e Marcin Goclowski, em Varsóvia)

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