Em Curitiba, frustração após voto de Celso de Mello
Quarto ministro a ler seu voto, Celso negou o pedido de liberdade provisória de Lula, empatando o julgamento naquele momento em 2 a 2. Ainda faltava o voto da ministra Cármen Lúcia, presidente do Colegiado, que também foi contra a proposta de soltar Lula.
Coube ao ex-deputado Dr. Rosinha, presidente do PT do Paraná, anunciar aos manifestantes o voto de Celso de Mello - cuja posição era considerada decisiva para o resultado final do julgamento. Segundo Rosinha, vários deles reagiram com emoção, chorando com a notícia.
Parte dos manifestantes participa da autointitulada Vigília Lula Livre, que mantém um acampamento no local desde a prisão do ex-presidente, em abril do ano passado. A maioria deles integra o Movimento dos Tralhadores Sem-Terra (MST).
"Lula prometeu vir nos visitar caso seja libertado", dizia no meio da tarde a militante Sirlene Gomes, que frequenta a vigília diariamente desde o ano passado. "Nós já tivemos tantas decepções que ficamos desconfiados a cada possibilidade de libertação", acrescentou ela.
Também falando antes do resultado final da sessão desta terça da Segunda Turma do Supremo, o jornalista Pedro Dias, que trabalha como voluntário na comunicação da vigília, disse que a possibilidade de Lula ser solto acabou animando mais os militantes do que em outros julgamentos. "Outra mobilização ocorreu quando houve o julgamento da prisão em segunda instância. Mas, desta vez, a possibilidade de libertação de Lula parece estar mais próxima", comentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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