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Bombardeios matam 8 civis e 2 "capacetes brancos" no norte da Síria

26/06/2019 14h48

Cairo, 26 jun (EFE).- Pelo menos dez pessoas morreram nesta quarta-feira em bombardeios da aviação governamental da Síria e da Rússia na província de Idlib, principal bastião da oposição armada, e entre as vítimas há dois trabalhadores de emergência conhecidos como "capacetes brancos".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que dez civis morreram nas últimas horas, quatro deles deslocados internos que estavam nos arredores ocidentais da cidade de Idlib, capital da província homônima.

Outros dois civis morreram em ataques aéreos contra os arredores da cidade de Maarat al Numan, ao sul de Idlib capital, enquanto outro civil não resistiu aos ferimentos que sofreu há alguns dias em bombardeios sobre a cidade de Khan Shaykhun.

Além disso, três pessoas morreram hoje mesmo em Khan Shaykhun, ao sul de Idlib, entre eles dois integrantes da Defesa Civil da Síria, também denominados "capacetes brancos", que desenvolvem trabalhos de resgate nas áreas fora do controle de Damasco.

A organização identificou os dois mortos como Ali Kaddour e Omar Kayyal, e publicou uma fotografia de ambos, além de detalhar que foram vítimas de um bombardeio contra sua ambulância enquanto estavam evacuando os feridos de Khan Shaykhun.

Nesse sentido, os "capacetes brancos" asseguraram que os aviões sírios e russos bombardearam intensamente Idlib na manhã da quarta-feira.

Segundo o Observatório, cuja sede está no Reino Unido, mas conta com uma ampla rede de colaboradores no terreno, há mais de 30 feridos e o número de mortos podem aumentar devido ao fato que alguns estão em estado grave.

As forças governamentais sírias e seus aliados, incluindo as tropas russas, intensificaram seus ataques contra o sul de Idlib desde abril deste ano e mais de 500 civis morreram desde então nesta região e outras áreas próximas situadas no noroeste da Síria, segundo a apuração do Observatório.

Idlib é a última província da Síria que está dominada quase em sua totalidade pelas facções armadas opositoras, entre eles alguns radicais islâmicos como a ex-filial síria da Al Qaeda, consideradas terroristas por Damasco e por Moscou. EFE

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