Após anulação, opositor é eleito prefeito de Istambul
Imamoglu já havia vencido em 31 de março, com uma estreita margem sobre o ex-primeiro-ministro Binali Yildirim, do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), liderado por Erdogan, mas a Comissão Eleitoral da Turquia anulou o pleito devido a supostas irregularidades.
Na segunda votação, Imamoglu recebeu 54,21% da preferência, contra 44,99% de Yildirim, com uma vantagem de 800 mil votos sobre seu adversário - em 31 de março a distância havia sido de apenas 13.729 votos.
"Hoje a democracia venceu. Os 16 milhões de habitantes de Istambul venceram", declarou o novo prefeito em seu discurso de vitória. "Hoje fechamos uma velha página e abrimos uma nova", acrescentou Imamoglu, ressaltando que está pronto a "trabalhar em harmonia" com Erdogan.
O presidente, grande derrotado da noite, parabenizou o candidato vitorioso. "A vontade da nação se manifestou mais uma vez", escreveu o mandatário no Twitter. Com o resultado do último domingo, o AKP acabou derrotado nas três maiores cidades da Turquia em 2019: Istambul, Ancara e Esmirna.
Após a confirmação da vitória de Imamoglu, milhares de pessoas saíram às ruas de Istambul para celebrar, principalmente nos distritos de Besiktas e Kadikoy, onde a oposição teve mais de 80% dos votos.
Aos 49 anos de idade, Imamoglu é uma espécie de "anti-Erdogan", com linguagem pacata, aberto a todos os grupos étnicos, sociais e religiosos e sem ataques diretos a adversários. Após governar o distrito de Beylikduzu por cinco anos, decidiu alçar voos maiores e disputar a prefeitura de Istambul.
Inicialmente, Imamoglu, semidesconhecido entre a população, era visto como azarão contra a máquina do AKP, mas sua mensagem de campanha, "tudo será belíssimo", cativou um eleitorado cansado da polarização exasperada encampada por Erdogan.
Sem abandonar a alma laica, a minoria curda e os progressistas, Imamoglu conseguiu atrair o voto de conservadores moderados, que há muito não aderiam ao CHP. Eleito para um mandato de cinco anos, ele já é visto pela oposição como alguém capaz de desafiar o presidente em 2023. (ANSA)
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