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Liga Árabe se compromete a doar US$ 100 milhões por mês para Palestina

23/06/2019 15h45

Cairo, 23 jun (EFE).- Os ministros das Finanças árabes anunciaram a intenção de apoiar o orçamento palestino com US$ 100 milhões mensais, através da reativação da Rede de Segurança Financeira da Liga Árabe, que se reuniu neste domingo de emergência na sede do Cairo.

A reunião foi convocada para abordar o cumprimento dos compromissos adotados anteriormente pelos 22 países-membros.

Durante a sessão extraordinária, o ministro das Finanças palestinas, Shukri Bishara, pediu um montante de US$ 100 milhões "pelo menos" para cumprir com as obrigações do governo. Ele afirmou que esse valor permitiria à Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa em Cisjordânia, "honrar os seus compromissos financeiros, educacionais, de saúde e sociais, e apoiar os acampamentos (de refugiados) dentro e fora da Palestina, para garantir padrões mínimos de vida". De acordo com Bishara, a ANP continua cumprindo com as suas "obrigações financeiras" com a Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita Hamas.

Ao concluir o encontro, os titulares das Finanças árabes destacaram em comunicado apoio à independência "política, econômica e financeira" dos palestinos e denunciaram a "pirataria" que Israel pratica com a verba do povo palestino. No texto, eles também solicitaram que os Estados-membros ofereçam empréstimos com boas condições através da rede de segurança e de acordos bilaterais com as autoridades palestinas ou para apoiar os seus projetos de infraestrutura e desenvolvimento.

Os ministros também pediram para fortalecer a cooperação e os acordos entre as instituições financeiras, estatais e não-governamentais de todos os países árabes com as entidades palestinas.

No começo da reunião, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, pediu para reativar a Rede de Segurança Financeira e afirmou que neste momento é "uma necessidade urgente e uma prova verdadeira" da seriedade dos membros com os seus "irmãos palestinos".

Ele lembrou que "a decisão de reativar a Rede de Segurança Financeira foi renovada em cada cúpula árabe desde 2012", mas os compromissos não foram plenamente cumpridos. Aboul Gheit ainda afirmou que o déficit no orçamento da Palestina alcança os US$ 700 milhões este ano e sua receita foi parcialmente reduzida devido aos impostos que o governo israelense arrecada em nome da ANP e que retém. EFE

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