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Delegada indica que mais pessoas estão envolvidas no assassinato de pastor

do UOL

Marina Lang e Nathan Lopes

Colaboração para o UOL, no Rio, e do UOL, em São Paulo

23/06/2019 10h15

A delegada Bárbara Lomba disse que não descarta a participação de outras pessoas no assassinato do pastor Anderson do Carmo. A morte do marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) completou uma semana hoje.

De acordo com a chefe da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (RJ), as informações obtidas até o momento apontam que o crime vai além dos dois filhos da parlamentar Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos, que já estão presos.

"O que nós já levantamos nas investigações nos indica que a ação criminosa toda não termina no Flávio e no Lucas", disse a delegada na sexta. "Porque eles não conseguiram esclarecer de forma completa, que convença realmente, que o crime foi praticado só por eles".

Para Lomba, isso aponta que houve, "provavelmente, a participação de outras pessoas". A delegada ainda não sabe precisar a quantidade.

Na sexta-feira, em entrevista à TV Globo, ela chegou a declarar que "todos que estavam na cena do crime, perto da cena do crime, que conviviam com a vítima de alguma forma, mesmo que não morassem na casa, estão dentro da investigação".

Já em entrevista coletiva ontem, Lomba declarou que os únicos investigados "formalmente" são Flávio e Lucas.

"Todos [estão] perguntando se a deputada está sendo investigada. Não vou nomear investigados. Os investigados formais são Lucas e Flávio, que estão presos temporariamente. Esses são os investigados formais, que já há alguma prova da participação deles. O restante? Todos poderão ser investigados formais. Por enquanto nós estamos levantando informações", declarou.

Imagens mostram Flávio, filho biológico de Flordelis e que confessou ter disparado contra o pastor, deixando o local do crime, a residência do casal em Niterói.

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Motivação

Ao todo, Flordelis e o pastor tinham 51 filhos adotivos, como Lucas, de 18 anos. A deputada ainda possui quatro filhos biológicos, entre os quais está Flávio, de 38 anos.

"Tudo indica que a motivação tenha relação com pessoas que conviviam com a vítima de forma muito próxima. Essas pessoas têm que ser vistas pela polícia", comentou a delegada.

Flordelis, que estava no local do crime no momento do assassinato, prestará depoimento à Polícia Civil amanhã. Ela será ouvida na condição de testemunha. Em nota, a assessoria da deputada reafirma que ela "não está sendo investigada".

Flávio e Lucas estão presos preventivamente. A arma do crime foi encontrada na última terça-feira (18) no quarto do filho biológico.

De acordo com a delegada, uma das linhas de investigação da polícia é de que o crime tenha relação com a família, mas ainda não se sabe qual a natureza do motivo. "Pode ser econômica, de gestão patrimonial, de recursos, pode ser política, pode ser interpessoal", exemplificou.

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