Geórgia tem segunda noite de protestos
Pela segunda noite consecutiva, milhares de pessoas protestaram do lado de fora do parlamento da Geórgia e exigiram eleições parlamentares antecipadas.
Cerca de 15 mil pessoas se reuniram em frente ao Congresso na capital Tbilisi, apesar dos confrontos com a polícia ocorridos na noite anterior que deixaram 240 feridos. Mais de 300 pessoas foram presas.
Mais cedo nesta sexta-feira, o presidente do parlamento da Geórgia, Irakli Kobakhidze, deixou o cargo, depois que manifestantes e a oposição exigiram sua renúncia.
Ele foi responsabilizado pela polêmica visita de uma delegação russa ocorrida na quinta-feira, na qual um parlamentar russo discursou sentado no lugar do presidente de Irakli.
A visita foi considerada pouco usual, já que a Geórgia cortou relações diplomáticas com o Kremlin durante a guerra de 2008 entre os dois países. Desde então, contatos políticos são raros.
A oposição agora pede eleições parlamentares antecipadas e a renúncia do ministro do Interior, Giorgi Gakharia, responsabilizado pela ação violenta da polícia durante os protestos da noite de quinta-feira.
Rússia suspende voos
Em resposta aos protestos, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nesta sexta-feira proibindo temporariamente que companhias aéreas russas voem para a Geórgia a partir de julho.
As tensões entre a Rússia e a Geórgia permanecem mais de uma década depois que as duas nações travaram uma guerra na qual a Geórgia perdeu efetivamente dois grandes pedaços de seu território - a Ossétia do Sul e a Abkázia.
Moscou reconheceu ambas as áreas como estados independentes e estacionou bases militares permanentes em cada uma.
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