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Bachelet pede a libertação de presos políticos na Venezuela

22/06/2019 00h52

(Corrige no 3º parágrafo nome de um dos libertados: Junior Rojas).

Caracas, 21 jun (EFE).- A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos, Michelle Bachelet, anunciou nesta sexta-feira os acordos com o governo de Nicolás Maduro para monitorar a situação dos direitos humanos na Venezuela e pediu a libertação de todos os detidos "por exercer seus direitos civis e políticos de forma pacífica".

"Conseguimos chegar a vários acordos. Temos o compromisso expresso do Governo de realizar uma avaliação da comissão nacional de prevenção da tortura, bem como avaliar quais são os principais obstáculos no acesso à Justiça no país", disse Bachelet, minutos antes de deixar a Venezuela.

A ex-presidente do Chile comemorou a libertação do deputado Gilber Caro e de dois outros cidadãos, Melvin Farias e Junior Rojas, mas pediu para que as autoridades libertarem todos os presos políticos.

Ela explicou que dois funcionários do escritório de direitos humanos da ONU permanecerão na Venezuela para "prestar assistência e assessoria técnica" nesse assunto, mas também para monitorar a situação.

"O Governo também aceitou que minha equipe entre nos centros de detenção para poder monitorar as condições" em que se encontram e falar "confidencialmente com os detentos", bem como para permitir um acesso mais amplo aos diferentes mecanismos de direitos humanos" incluindo os relatores da ONU.

Michelle Bachelet disse esperar que o governo de Maduro cumpra com sua palavra, e, caso contrário, disse que irá informá-lo.

Além disso, expressou seu desejo de que a assistência de sua equipe sirva para reforçar a "prevenção da tortura", e destacou que para ela foi "profundamente doloroso" escutar as vítimas de violação de direitos humanos ou da violência "política por ser partidário do regime".

Ela lamenta a situação na Venezuela e disse estar preocupada com as sanções estrangeiras impostas ao Governo, pois elas "exacerbaram" a "crise econômica pré-existente".

"Manter posições entrincheiradas só agravará a crise e os venezuelanos não podem permitir que a situação no país se deteriore ainda mais", acrescentou.

Bachelet chegou à Venezuela na última quarta-feira e realizou reuniões com representantes do poder público, ministros, o líder da oposição Juan Guaidó, ONGs e vários setores da sociedade civil, incluindo vítimas de "violações dos direitos humanos".

Ela também realizou uma reunião com o presidente Nicolás Maduro, a vice, Delcy Rodríguez, e o chanceler Jorge Arreaza. EFE

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