Moro questiona provas ilícitas e cita má-fé de 'mensagens adulteradas'
Para Moro, não há boa intenção ao "introduzir provas ilícitas que podem ter sido ainda adulteradas, editadas, mudadas, e que são utilizadas aqui não para proteger o inocente, estão sendo utilizadas aqui para minar os esforços anticorrupção".
Embates
Moro protagoniza embates localizados com parlamentares ao falar sobre o caso na CCJ do Senado. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) defendeu o trabalho da Lava Jato, mas questionou a parcialidade do ex-juiz e perguntou a Moro se ele seria a favor de usar provas ilícitas em processos criminais, como defendeu o pacote das dez medidas de combate à corrupção apresentado pelo Ministério Público Federal.
"Me espanta falar em mérito da operação Lava Jato", disse o ministro ao parlamentares. "Pelo que entendi da sua fala, o senhor defende a anulação de tudo então, todas as denúncias condenações, devolver o dinheiro para Renato Duque, Paulo Roberto Costa... (diretores da Petrobras condenados na Lava Jato)", afirmou o ministro. O senador afirmou que Moro estava colocando palavras na sua boca.
Em outro momento, o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), declarou que Moro tinha "péssima memória". Na CCJ, o ministro afirmou que é impossível lembrar de todo o conteúdo de mensagens trocadas há dois ou três anos. A presidente do colegiado, Simone Tebet (MDB-MS), pediu ordem aos senadores.
Defensores de Moro, entre eles senadores do PSL, sentaram nas cadeiras da frente no plenário da comissão e defenderam o ministro em suas falas. Houve parlamentares governistas que chegaram a reservar lugares para colegas. Além disso, alguns deputados favoráveis a Moro foram ao Senado acompanhar a audiência.
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