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Boeing assume erro e pede desculpas por tragédia com 737 Max

17/06/2019 15h55

LE BOURGET, 17 JUN (ANSA) - A empresa aeroespacial americana Boeing pediu desculpas às famílias das vítimas das tragédias com a aeronave 737 Max na Indonésia e na Etiópia e reconheceu um erro ao implementar um sistema defeituoso de aviso de cabine no modelo. "Lamentamos a perda de vidas", disse o vice-presidente da Boeing, Randy Tinseth, nesta segunda-feira (17), durante a abertura do Salão Aeronáutico de Le Bourget, ao norte de Paris.   

O executivo também se desculpou pela suspensão das operações desse modelo de aeronave para realizar uma atualização do software antiestol. Tinseth apontou que a Boeing está trabalhando duro para entender o que deu errado, mas não especificou quando o 737 Max poderia retomar as atividades novamente. O presidente-executivo da companhia, Kevin McAllister, por sua vez, também se negou a comentar sobre uma possível data para o avião voltar a operar. No entanto, ele ressaltou que a Boeing tem consciência de que precisa "trabalhar para recuperar a confiança" dos clientes. Até o momento, segundo McAllister, foram realizados mais de 280 voos de teste com as alterações necessárias no softwares de controle, na tentativa do novo modelo ser "um dos aviões mais seguros que já voou". No dia 10 março, um jato da Ethiopian Airlines matou 157 pessoas perto de Adis Abeba. Antes disso, no dia 29 de outubro, um acidente parecido com a Lion Air já havia custado as vidas de outros 189 indivíduos na Indonésia. Um relatório preliminar sobre a investigação das quedas revela que falhas no software de controle automático de voo são as principais causas dos acidentes. Os dados ainda isentam os pilotos e apontam que eles seguiram os procedimentos recomendados pela companhia para controlar o avião. (ANSA)
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