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Milhares de venezuelanos pedem refúgio no Peru após exigência de visto

16/06/2019 17h59

Lima, 16 jun (EFE).- Milhares de venezuelanos que não puderam entrar no Peru pela fronteira norte antes que entrasse em vigor neste sábado a exigência de visto humanitário optaram por solicitar refúgio no país, informou neste domingo o governo peruano.

Segundo disseram à Agência Efe fontes da chancelaria do Peru, foram registradas no sábado, no Centro Binacional de Atendimento Fronteiriço (Cebaf) de Tumbes, região que faz fronteira com o Equador, 3.753 solicitações de refúgio de cidadãos venezuelanos, correspondente a 4.475 pessoas.

A diferença do número de solicitações com o número de pessoas se deve ao fato de que em uma só solicitação pode incluir membros de uma família, ressaltaram as fontes.

Além deles, também puderam ingressar no Peru, sem um visto humanitário, aqueles grupos que fazem parte das exceções estabelecidas pelo governo peruano, como os menores de idade e adultos em situação de extrema vulnerabilidade; como mulheres grávidas e maiores de 60 anos.

Para seu ingresso ao Peru a eles só será solicitada sua carteira de identidade no controle fronteiriço.

Além disso, aos menores de idade cujos pais se encontram no Peru só será exigida a apresentação da certidão de nascimento.

Desde ontem, os cidadãos venezuelanos necessitam de um passaporte e de um visto humanitário para entrar no Peru, uma nova medida que foi anunciada no último dia 6 de junho pelo presidente peruano, Martín Vizcarra, cujo país acolhe mais de 800.000 venezuelanos.

Desde então, o número de entradas diárias de venezuelanos ao Peru pela sua fronteira norte se elevou das 1.300 de média até as 9.000 entradas registradas na última sexta-feira, segundo assinalaram à Efe fontes da Superintendência Nacional de Migrações.

Cerca de 3,4 milhões de venezuelanos abandonaram seu país nos últimos três anos devido à grave crise política, econômica e humanitária, segundo a ONU.

A maioria se dirigiu à Colômbia, onde há mais de 1,3 milhão de venezuelanos, enquanto o segundo destino preferencial é o Peru, com mais de 800.000 venezuelanos. EFE

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