Israel homenageia Trump em novo assentamento
Numa reunião de gabinete extraordinária nas Colinas de Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias de 1967, o governo interino de Israel aprovou o estabelecimento de uma colônia que terá o nome do presidente americano, que em março reconheceu a soberania israelense sobre o local.
"Estamos vivendo um dia histórico", expressou Netanyahu, que enfatizou a importância de "construir uma nova comunidade nas Colinas Golã, algo que não era feito há muitos anos". Durante o ato, o primeiro-ministro inaugurou uma placa com o nome "Colina Trump" escrito em inglês e hebraico e decorada com as bandeiras de Israel e dos EUA.
Netanyahu acrescentou que a criação da nova colônia é um ato sionista e uma maneira de homenagear Trump, a quem descreveu como "grande amigo do Estado de Israel" e agradeceu novamente por ter reconhecido a soberania israelense sobre esse território. "Trump rasgou a máscara da hipocrisia que não reconhece o óbvio", acrescentou.
Netanyahu mencionou também que este ato tem uma grande carga simbólica e representa a continuação do controle das Colinas de Golã, onde disse que Israel continuará construindo e se desenvolvendo para todos os seus cidadãos.
A cerimônia, realizada no território onde será criado o assentamento, contou com a presença do embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, que expressou gratidão pela decisão, agradeceu pela reunião governamental e classificou a criação do assentamento como um gesto "merecido e, antes de tudo, muito estimado" que representa a força da aliança entre ambos os países.
Apesar do ato oficial deste domingo, a construção do assentamento está longe de ser iniciada. Os planos carecem de fundos e da aprovação final de sua localização. Para sair do papel, a nova colônia depende do resultado das eleições programadas para setembro, quando for formado o novo governo.
Israel conquistou as Colinas de Golã em 1967, durante a guerra árabe-israelense. Em 1981, o local foi formalmente anexado ao país. A comunidade internacional considera a área um território ocupado, e a Síria exige sua devolução como precondição para um futuro acordo de paz.
Em março, Trump reconheceu esse local como israelense. O reconhecimento foi polêmico e contradiz o consenso internacional de não reconhecer a região ocupada desde 1967 como território israelense.
O anúncio não foi mal recebido somente no mundo árabe, no Irã e também na Turquia, que já haviam alertado Trump para não dar esse passo depois de o presidente americano tuitar a respeito, mas também foi criticado pela ONU e pela Rússia.
CN/efe/rtr/lusa/afp
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