Hong Kong recua sobre lei de extradição após protestos
"Nossas intenções foram sinceras e foram para preencher algumas lacunas de regulamentação", explicou ela em seu discurso de mais de 10 minutos. "Na última semana, dezenas de milhares de pessoas participaram de protestos e manifestações. Sérios conflitos estouraram, resultando em policiais, profissionais da imprensa e populares machucados. Isso me entristece", acrescentou. De acordo com Lam, o erro do governo foi não ter comunicado de maneira clara, enfatizando que a proposta é necessária para garantir a segurança de Hong Kong. "Talvez não tenhamos sido suficientemente eficazes na comunicação, mas agora a prioridade é reconstruir a paz, a ordem e a confiança no governo", explicou.
A princípio, segundo a chefe de governo, a intenção era aprovar a legislação e torna-la efetiva em julho, mas agora não é mais uma prioridade". Uma nova data para o projeto voltar a ser debatido não foi divulgada. Em comunicado, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, expressou "apoio, respeito e compreensão" pela decisão. Centenas de milhares de pessoas protestaram contra o projeto e outras manifestações foram planejadas para domingo (16). A oposição alega que a legislação irá expor os cidadãos de Hong Kong ao sistema judiciário profundamente falho da China e levaria a uma maior erosão da independência judicial da cidade.
Apesar do anúncio, os líderes das manifestações informaram que o protesto será mantido. "Temos de dizer ao governo que o povo de Hong Kong persistirá e manterá seus protestos até que o Executivo retire a lei", afirmou Jimmy Sham, representante da Frente Civil de Direitos Humanos. (ANSA)
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