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Paraguai comemora revogação de status de refugiados de acusados de sequestro

14/06/2019 18h42

Assunção, 14 jun (EFE).- O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, comemorou nesta sexta-feira a decisão do Brasil de revogar o status de refugiados de três ativistas paraguaios acusados pelo sequestro da nora do ex-ministro da Justiça Enzo Debernardi em 2001.

A decisão do Comitê Nacional para Refugiados (Conare) permite agora que o Paraguai solicite a extradição de Juan Arrom, Anuncio Martí e Víctor Colman, que vivem no Brasil desde 2003.

"Celebramos a decisão do Conare, que determinou hoje a revogação do status de refugiados de Arrom e Martí. O Paraguai volta a ter outra vitória histórica", escreveu Abdo Benítez.

A Secretaria Nacional de Inteligência do Paraguai (SNI) também divulgou a decisão do Conare nas redes sociais. Segundo o órgão, o comitê teria decidido revogar o status de refugiado dos ativistas por seis votos favoráveis e um contrário.

Arrom e Martí, ex-líderes do Partido Pátria Livre, denunciaram terem sido presos e torturados em janeiro de 2002, antes de serem julgados pelo sequestro de María Edith Bordón, nora do ex-ministro. A suposta tortura foi levada à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH), que inocentou o governo do Paraguai por falta de provas na semana passada.

Após a decisão da CorteIDH, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, disse que o país esperava uma resposta positiva do Conare quanto à revogação do status de refugiados dos três ativistas de esquerda.

Em março, durante uma visita de Abdo Benítez a Brasília, Bolsonaro falou sobre a situação de Arrom e Martí sem citá-los diretamente.

"O Brasil não dará asilo a terroristas ou a qualquer outro bandido preso ou refugiado político", disse Bolsonaro na ocasião. EFE

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