Revés para Macron, vitória para Le Pen na França
Segundo as projeções, a antiga Frente Nacional repetiu o triunfo do pleito europeu de 2014 e obteve 23,3% dos votos, uma pequena vantagem sobre a legenda de Macron, que ficou com 22,1%.
Com a apuração em andamento, a grande surpresa foi o desempenho do Partido Verde, que se tornou a terceira força do país no Parlamento Europeu, com 13,1% da preferência dos franceses.
"O voto na RN é um voto pela França e pelo seu povo. Isso é vital e feliz para um país que navega num estado de confusão. Em face da desvantagem democrática desta noite, é necessário retirar as conclusões necessárias", disse Le Pen. "Ele [o Presidente Macron] não tem alternativa, senão dissolver a Assembleia Nacional para torná-la um instrumento representativo do país", acrescentou, repetindo uma posição que tem assumido várias vezes desde o início dos protestos do movimento dos "coletes amarelos".
O comparecimento às urnas foi de 52%, uma forte alta em relação às eleições de 2014, quando 42% dos eleitores exerceu o direito de escolher os representantes da França no Parlamento Europeu.
Caso confirmados os resultados na apuração, o partido ambientalista superou Os Republicanos, principal grupo conservador da França, que ficou com 8%. Já o esquerdista França Insubmissa e o Partido Socialista, do ex-presidente François Hollande, empataram em 6%.
Após a divulgação das projeções, calculadas a partir da apuração parcial dos votos no país, o líder da chapa populista de direita, Jordan Bardella, comemorou a vitória e disse que o resultado é uma "lição de humildade" para Macron.
O aliado de Le Pen também pediu uma mudança de rumo na política francesa e disse que o Reunião Nacional, que mudou de nome no ano passado, se tornou o principal partido do país.
A legenda liderada por Le Pen já havia ganhado as eleições europeias de 2014 na França. O resultado deste ano mantém uma tradição no país: o partido do presidente só venceu o pleito europeu em apenas duas ocasiões.
Quem também já comemorou os resultados deste domingo é o líder do Partido Verde, Yannick Jadot, que colocou o partido como principal força política entre os jovens.
"Uma onda verde chega à Europa", afirmou.
O cabeça de chapa dos Republicanos, Laurent Wauquiez, afirmou que o péssimo resultado do partido se deve à polarização do voto entre a extrema direita e Macron, um fator que também afetou a esquerda.
O França Insubmissa, de Jean-Luc Mélénchon, esperava se tornar o quarto principal partido do país no Parlamento Europeu e deve ficar com apenas 6% dos votos, resultado bastante inferior aos 19% registrados pelo candidato nas últimas eleições presidenciais.
Já o Partido Socialista, que governava o país até 2017 com François Hollande, quase não conseguiu superar a barreira de 5% para eleger representantes para o Parlamento Europeu.
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