Partido de Orbán tem vitória arrasadora nas eleições europeias na Hungria
Budapeste, 26 mai (EFE).- O Fidesz, partido liderado pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, obteve uma vitória arrasadora nas eleições europeias deste domingo.
Com 99,9% dos votos apurados, o Fidesz conquistou 52,1% da preferência do eleitorado e terá direito a 13 das 21 cadeiras do país na Eurocâmara, uma a mais do que já possuía no parlamento.
O resultado aumenta o peso do Fidesz na Eurocâmara e pode mudar a configuração do poder em nível continental dependendo do grupo ao qual o partido decidir se filiar após a posse dos novos deputados.
O Partido Popular Europeu (PPE) suspendeu em março a filiação do Fidesz por considerar que as políticas de Orbán violam os valores políticos defendidos pela coalizão.
A expectativa é que Orbán coloque o partido na aliança de extrema direita que está sendo construída pelo vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, com apoio da Reunião Nacional, de Marine Le Pen, que deve vencer as eleições europeias na França, e do também ultranacionalista Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ).
Após votar, Orbán afirmou que o "modelo austríaco acabou" depois do escândalo de corrupção que provocou a ruptura da coalizão entre o FPÖ e o Partido Popular Austríaco (ÖVP). E completou que agora, a Hungria deverá seguir o "modelo italiano", sem explicar se isso era a confirmação da adesão ao movimento liderado por Salvini.
A decisão de Orbán sobre o futuro do Fidesz deve ser anunciada na terça-feira, segundo um porta-voz do governo, durante uma cúpula dos líderes da União Europeia (UE).
Os resultados também mudaram o mapa político da oposição. Tanto o Partido Socialista da Hungria como o Jobbik, de extrema direita, perderam grande parte do apoio que tinham do eleitorado e, com apenas 6% dos votos, terão apenas um eurodeputado cada.
Quem ganhou espaço foi a Coalizão Democrática, que ficou na segunda posição do pleito, com 16,2% dos votos, o equivalente a quatro cadeiras na nova composição do Parlamento Europeu.
Já a terceira colocação ficou com o liberal Momentum, com 9,92%, que enviará duas eurodeputadas para reforçar a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE). EFE
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