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Emocionada, Theresa May anuncia sua renúncia para o próximo dia 7 de junho

24/05/2019 07h01

Londres, 24 mai (EFE).- A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira que renunciará no próximo dia 7 de junho, quando começará o processo para escolher seu sucessor como líder do Partido Conservador e chefe do Governo do Reino Unido e, permanecerá como interina até a escolha do novo líder "tory".

May anunciou sua decisão em um comunicado na residência oficial de Downing Street, em Londres, e depois de se reunir com o presidente do seu grupo parlamentar, Graham Brady, para determinar seu futuro político.

A premier, que chegou a chorar ao final de seu discurso, disse que "sempre lamentará profundamente" não ter sido capaz de executar a saída do país da União Europeia (UE).

Ela pediu ao seu sucessor à frente do Partido Conservador e do governo para tentar encontrar um consenso no Parlamento para deixar do bloco.

Além disso, Theresa May informou que comunicou sua decisão à rainha Elizabeth II e que continuará atuando como primeira-ministra até que o processo de sucessão seja concluído.

"Fiz todo o possível" para materializar o 'brexit'", depois que os britânicos votaram a favor de deixar a UE no referendo de 23 de junho de 2016.

"Lutei para que o Reino Unido servisse não apenas aos poucos privilegiados, mas ao mundo inteiro e cumprisse o resultado do referendo", afirmou May.

"Em breve deixarei o trabalho que para mim foi a honra da minha vida servir. Segunda primeira-ministra?, certamente, mas não a última. Digo sem animosidade, mas com uma enorme gratidão por ter tido a oportunidade de servir ao país que amo", afirmou Theresa May, que foi a segunda chefe do governo britânico após Margaret Thatcher.

A premier estará à frente do Executivo quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizar sua visita de Estado, entre os dias 3 e 5 de junho.

Nos últimos dias, May, que até agora tinha conseguido segurar a liderança, apesar das enormes pressões internas para que renunciasse, sofreu um duro golpe quando deputados e alguns ministros se opuseram à sua última tentativa para conseguir a aprovação de seu acordo do "brexit", apesar de já ter sido rejeitado pelo Parlamento em três ocasiões.

O Reino Unido determinou sua saída da UE para o dia 31 de outubro após solicitar um adiamento da data que inicialmente estava estabelecida para 29 de março deste ano. EFE

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