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EUA apresentam 18 novas acusações contra Assange, uma delas por espionagem

23/05/2019 18h42

Washington, 23 mai (EFE).- Os Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira 18 novas acusações, entre elas uma por espionagem, contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que já respondia a um processo da Justiça americana por conspiração para invadir computadores do governo.

As novas acusações foram apresentadas nesta quinta-feira por um grande júri do estado da Virgínia, que agora responsabiliza Assange também por espionagem e pela divulgação de documentos altamente confidenciais, o que poderia representar uma condenação de até 170 anos, segundo o jornal "The Washington Post".

A procuradoria argumenta que Assange pode ter cometido um ato de espionagem ao colaborar com agentes de inteligência para obter e distribuir informações secretas, uma conduta que a defesa do acusado justificou em reiteradas ocasiões como sendo parte de seu trabalho jornalístico.

"Julian Assange não é um jornalista. O nosso departamento leva a sério o papel dos jornalistas na nossa democracia", declarou o secretário adjunto do procurador-geral dos EUA, John Demers, em comunicado.

A procuradoria havia apresentado acusações contra Assange em abril por conspirar com a ex-soldado Chelsea Manning, que em 2010 vazou ao WikiLeaks mais de 700 mil documentos confidenciais, para tentar decifrar as senhas dos equipamentos do governo, acessá-los e dificultar que fossem identificados.

Assange pode ser condenado a até cinco anos de prisão por esta primeira acusação.

O ativista está detido desde 11 de abril, quando as autoridades britânicas o prenderam na embaixada do Equador no Reino Unido, onde ele estava asilado desde 19 de junho de 2012.

O Equador pôs fim ao asilo depois que o fundador do Wikileaks processou as autoridades do país sul-americano por terem lhe imposto um protocolo de convivência na embaixada.

Desde então, Assange está sob custódia da Justiça britânica, que o condenou por violação de medidas cautelares em 2012, e à espera de ser extraditado para os EUA - que querem prendê-lo pela divulgação de centenas de milhares de documentos secretos - ou para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual contra duas mulheres. EFE

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