ONU vê riscos em nova lei de segurança da Itália
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero, pediu que o representante italiano junto às Nações Unidas de Genebra, Gian Lorenzo Cornado, entre em contato com os especialistas que assinaram o comunicado para esclarecer o caso, pedindo "elementos mais precisos sobre as fontes utilizadas". Ontem, o tema já tinha vindo à tona devido a uma carta enviada a Cornado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh).
O documento de 12 páginas continha já o posicionamento de seis especialistas do Acnudh e citava diversas ações tomadas por Salvini nos últimos meses, como uma diretiva que pede para a Marinha impedir que navios privados que resgatam migrantes entrem em águas italianas. Essa medida gerou acusações de ingerência por parte da cúpula do Ministério da Defesa. Reação - Desde a primeira carta de ontem, Salvini critica a posição da ONU. "Sobre a segurança e a felicidade dos italianos...que decidam os ministros e parlamentares eleitos pelos italianos, e não burocratas desconhecidos e torcedores da imigração em massa", afirmou o vice-premier nesta segunda-feira.
"Que a ONU se ocupe de problemas bem mais relevantes de direitos humanos que ocorrem pelo mundo, da Turquia à Coreia, Venezuela, antes de vir falar da Itália", exaltou.
Decreto de Segurança - A primeira versão do decreto, em vigor desde o fim do ano passado, aboliu a permissão de estadia por motivos humanitários e impede migrantes de se inscreverem no registro civil do país quando as autorizações já concedidas expirarem. Além disso, prevê a expulsão de solicitantes de refúgio que representem "perigo social".
A Liga Norte, partido de Salvini, pretende discutir a atualização do decreto em uma reunião do governo nesta segunda-feira (20), mas o Movimento 5 Estrelas (M5S), que forma a coalizão de governo, quer deixar o assunto para depois das eleições legislativas europeias, que acontecem de 23 a 26 de maio. (ANSA)
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