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Millennials e geração Z estão pessimistas, diz Deloitte

Marie Patino

20/05/2019 12h22

(Bloomberg) -- Inquietude e pessimismo são dominantes entre a população global.

É o que revela a pesquisa da Deloitte Millennial Global com 13.416 millennials (nascidos entre 1983 e 1994) espalhados por 42 países e 3.009 entrevistados da geração Z (nascidos entre 1995 e 2002) de 10 países. A empresa realizou a pesquisa ao longo de oito anos.

A porcentagem de entrevistados que avaliam o impacto de empresas como positivo caiu seis pontos percentuais, de 61% em 2018 para 55%.

"Eu diria que, para as empresas, a conclusão mais importante é a confiança cada vez menor dos millennials e da geração z", afirma Michele Parmelee, diretora de talentos da Deloitte Global.

Embora as duas gerações tenham visões muito semelhantes sobre o mundo, Parmelee disse que os dados da pesquisa mostram que seus pontos de vista diferem em algumas áreas significativas, como prioridades de vida e percepção da sociedade e do trabalho.

No geral, cerca da metade de ambos os grupos deseja comprar um imóvel, e uma porcentagem ainda menor quer formar uma família. "Em vez disso, viajar e conhecer o mundo estavam no topo da lista (57%) de aspirações", segundo o relatório.

Apenas 52% dos millennials entrevistados disseram que ter um alto salário é prioridade, enquanto essa parcela ficou em 56% entre os que responderam da geração Z. Cerca de 39% dos millennials responderam que formar uma família é muito importante, enquanto na geração Z a porcentagem foi de 45%.

Como alguns entrevistados da geração Z ainda estão estudando, é mais provável que esperem que educadores lhes forneçam as habilidades necessárias ao mercado de trabalho. Os millennials, por outro lado, esperam que as empresas proporcionem mais habilidades.

A mudança climática, a proteção do meio ambiente e os desastres naturais lideraram a lista da maioria dos entrevistados em nível pessoal, mas menos de três de cada dez dos grupos de millennials e geração Z mencionaram isso como preocupação. A segunda maior preocupação dos millennials é a desigualdade de renda ou a distribuição de riqueza. Terrorismo, crime e preocupações sobre segurança pessoal também estavam no topo da lista.

A diferença entre a geração Z e millennials é, de acordo com a pesquisa, muito mais visível quando se faz uma comparação entre os países. Na China e na Índia, a geração Z é mais otimista em relação ao futuro. Enquanto isso, os jovens de grandes potências econômicas são pessimistas em relação ao mundo e sobre as perspectivas de melhora de sua situação.

Em outro tópico da pesquisa, 49% dos millennials disseram que, se tivessem escolha, deixariam seus empregos atuais nos próximos dois anos. A insatisfação com os salários e falta de oportunidades de avanço são as principais razões para possíveis pedidos de demissão no curto prazo. Menos de três de cada dez millennials esperam ficar no emprego atual pelos próximos cinco anos.

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