Exército e manifestantes retomam diálogo no Sudão
Cartum, 21 Mai 2019 (AFP) - O Exército e os representantes dos manifestantes no Sudão retomaram o diálogo na noite desta segunda-feira, após divergências sobre a presidência e a composição do Conselho Soberano que deverá garantir a transição política, mais de um mês após a queda do presidente Omar al Bashir.
As conversações entre o Conselho Militar, que sucedeu Bashir, e a Aliança para a Liberdade e a Mudança (ALC), que lidera os protestos, foram concluídas por volta da meia-noite (19H00 Brasília).
"O principal ponto de discórdia segue sendo a taxa de representação e a presidência do Conselho Soberano, composto por civis e militares", declararam as duas partes ao final da reunião.
"Conscientes da nossa responsabilidade histórica, trabalharemos pela conclusão de um acordo urgente e que responda às aspirações do povo sudanês", destacaram o Conselho Militar e a ALC.
Na véspera, o porta-voz dos militares, general Shamseddin Kabbashi, manifestou em entrevista coletiva "a esperança de se chegar a um acordo definitivo".
Cada uma das partes deseja que um de seus membros presida o Conselho Soberano, instituição-chave da transição que deve substituir o Conselho Militar por um período de três anos.
Líder do Sudão por mais de 30 anos, Omar al Bashir foi destituído e preso pelo Exército no dia 11 de abril, por pressão do movimento iniciado em 19 de dezembro com a decisão das autoridades de triplicar o preço do pão, em meio a uma profunda crise econômica.
"Insistimos em que o Conselho Soberano seja presidido por um civil e integrado, principalmente, por membros civis", declarou à AFP Satea al Haj, membro da ALC.
Já o Conselho Militar, no poder, defende uma maior presença dos militares diante das "ameaças à segurança".
Militares e manifestantes concordam em alguns pontos, como a duração do período de transição, de três anos, e a criação de um Parlamento integrado por 300 membros, dois terços dos quais procedentes da ALC.
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