Pela primeira vez, Boeing reconhece defeitos no simulador de voo do 737 MAX
O fabricante americano de aviões Boeing admitiu, no sábado (18), que teve de corrigir falhas no software dos simuladores de voo destinados a formar os pilotos do 737 MAX. O modelo da aeronave está envolvido em duas tragédias recentes que deixaram mais de 300 mortos.
O fabricante americano de aviões Boeing admitiu, no sábado (18), que teve de corrigir falhas no software dos simuladores de voo destinados a formar os pilotos do 737 MAX. O modelo da aeronave está envolvido em duas tragédias recentes que deixaram mais de 300 mortos.
"A Boeing fez correções no software do simulador de voo do 737 MAX e deu informações complementares aos operadores da aeronave para se assegurar de que a experiência no simulador seja representativa das diferentes condições de voo", afirmou a companhia em um comunicado.
A Boeing não especificou a data em que observou os defeitos do programa, nem se havia informado os reguladores do setor a esse respeito. Segundo a empresa, o software utilizado nos simuladores era incapaz de reproduzir algumas condições de voo - em especial, aquelas que resultaram no acidente do 737 MAX da Ethiopian Airlines, em 10 de março passado, em Adis Abeba, apenas alguns minutos depois da decolagem. No total, 157 pessoas morreram.
As mudanças realizadas vão melhorar a formação dos pilotos, afirmou a companhia. "A Boeing está trabalhando junto aos fabricantes do sistema e aos reguladores nestas modificações e em melhorias para garantir que a formação [dos pilotos] por parte [das empresas] clientes não seja perturbada", acrescentou o grupo.
Cliente de peso do 737 MAX, com 34 aparelhos em serviço, a companhia aérea americana Southwest afirmou no sábado que deve receber um simulador específico do MAX "no fim do ano".
É a primeira vez que a Boeing admite um defeito de concepção do equipamento do 737 MAX. Esse modelo teve seu sistema de estabilização MCAS questionado, após a tragédia da Ethiopian Airlines.
(Com informações da AFP)
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