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Governo vai defender reforma enviada ao Congresso, diz porta-voz

Mariana Haubert

Brasília

18/05/2019 13h05

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou ontem que o governo vai continuar defendendo integralmente a proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso. Mais cedo, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, um grupo de deputados, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu apresentar um novo projeto de reforma da Previdência, abandonando o texto enviado em fevereiro pelo Executivo.

"Retomamos o posicionamento. A proposta que foi enviada ao Congresso é a proposta que nós entendemos como a melhor. O presidente compreende e, por diversas vezes já vos falou entender que o Congresso Nacional fará o seu melhor trabalho para entregar à sociedade essa questão previdenciária, que hoje quase inviabiliza a manutenção da administração federal e de outros poderes", disse.

Segundo o presidente da Comissão Especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), a decisão foi tomada na quinta-feira em reunião na casa de Maia, da qual participaram líderes de partidos do grupo conhecido como Centrão.

De acordo com Ramos, a decisão tem conotação basicamente política, levando em consideração a relação completamente desgastada entre o Legislativo e o Executivo. "Este é um governo que desconsidera completamente o Parlamento", afirmou.

Petrobras

Rêgo Barros também afirmou que Bolsonaro não pretende atuar pessoalmente na definição de preços da Petrobras. "O presidente reafirma a importância que atribui às decisões administrativas da Petrobras no que se refere a essas questões de controle de preço", disse.

Nesta quinta, Bolsonaro afirmou que poderia rever a política de preços da estatal "se não houver prejuízos" para a empresa. "O que ele falou ontem é em tese uma possibilidade de encontrarmos uma solução para um combustível mais barato. Não tem nenhum interesse do presidente e ele já demonstrou isso em momentos anteriores de não incidir com decisões pessoais sobre a administração da empresa", disse Rêgo Barros.

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