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Policial que matou homem negro a tiros nos EUA é condenado a 25 anos

25/04/2019 19h51

Miami, 25 abr (EFE).- O ex-policial Nouman Raja foi sentenciado nesta quinta-feira a 25 anos de prisão em uma corte do estado da Flórida, nos Estados Unidos, pela morte a tiros, em 2015, do afro-americano Corey Jones em uma rodovia.

O juiz Joseph Marx, que negou um novo julgamento para Raja na semana passada, decretou a sentença de 25 anos por homicídio e tentativa de assassinato em primeiro grau.

Richard Lubin, advogado de Raja, se queixou durante a audiência de que, desde o início do processo, ele e sua equipe não tiveram "permissão" para atuar plenamente neste caso.

A família de Jones, de 31 anos, tinha solicitado à corte uma condenação de prisão perpétua para Raja. Já a esposa do ex-policial, Corrine, pediu perdão à família da vítima, e disse imaginar que era uma boa pessoa, como seu próprio marido.

Raja, de 41 anos de idade e origem asiática, foi declarado culpado em março por um júri de West Palm Beach, a 100 quilômetros ao norte de Miami.

O condenado tinha pedido um novo julgamento com o argumento de que o processo no qual foi condenado "não foi justo e imparcial".

Os advogados de Raja tinham defendido durante o julgamento que o cliente agiu em legítima defesa, mas a promotoria alegou que ele provocou o confronto, porque trabalhava como policial disfarçado e nunca se identificou como um agente, o que levou Jones a acreditar que era alvo de uma tentativa de roubo.

O incidente aconteceu na noite de 18 de outubro de 2015 em uma estrada do condado de Palm Beach, quando Jones estacionou o carro que dirigia em uma estrada interestadual da Flórida e despertou a suspeita de Raja, que na época trabalhava na polícia de Palm Beach Gardens.

De acordo com um relatório policial, Raja estava de serviço em um carro camuflado e começou a investigar o que acontecia.

Ao sair do veículo, o agente "se deparou repentinamente com um sujeito armado", segundo a versão do chefe da polícia local, Stephen Stepp, que alegou ter sido esta a razão pela qual Raja fez uso da arma de fogo. EFE

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