Excelentíssimos influencers: quais os líderes mais tuiteiros do mundo?
Resumo da notícia
- Bolsonaro já tuitou mais de 600 vezes desde que foi eleito
- Após polêmica com Maia, disse que "não leva mais de dez minutos" para publicar algo
- Ainda bem, senão seriam 41 horas alimentando seu feed (uma semana por mês)
- Ele não está sozinho! Outros disputam o posto de maior líder tuiteiro do mundo:
- Trump (EUA), Duterte (Filipinas), Maduro (Venezuela) e Narendra Modi (Índia)
Eu tuíto, tu tuítas e o excelentíssimo senhor presidente da República também tuíta, assim como o senhor vice-presidente, os senhores ministros e os senhores deputados.
Dando continuidade a uma estratégia que favoreceu sua eleição, Jair Messias Bolsonaro (@jairbolsonaro, 4 milhões de seguidores no Twitter) já tuitou mais de 600 vezes desde que foi eleito, cerca de 100 dias atrás. São mensagens que vão de anúncios técnicos do governo a imagens explícitas de "golden shower".
Segundo o site SocialBearing, foram cerca de 6.500 tuítes desde a criação da conta, em 31 de março de 2010, o que baixa a média para dois tuítes por dia.
Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (@RodrigoMaia, 97,5 mil seguidores), disse que Bolsonaro deveria gastar mais energia articulando a reforma da Previdência e "menos tempo cuidando do Twitter". O presidente respondeu que "não leva mais de dez minutos para subir uma matéria nas redes sociais".
Ainda bem que é menos do que isso, pois se realmente levasse dez minutos por cada tuíte de sua conta, só em março (foram 250 no total, sendo 143 tuítes, 56 respostas aos próprios tuítes, 28 respostas a outros tuítes, 19 retuítes e quatro retuítes com comentários), isso significaria que o presidente ficou 41 horas alimentando seu feed.
Ou seja, mais de uma semana inteira de trabalho.
Logo depois da polêmica com Maia, Bolsonaro disse que não é apenas ele que opera suas contas em redes sociais, mas que, ainda assim, sempre são pessoas de sua confiança. "No meu Twitter, a responsabilidade é minha. Quem tem minha senha tem minha confiança. Não sou eu que posto (algumas vezes), mas dou o aval", disse, segundo a Folha.
No Brasil, a estratégia do presidente para o Twitter ressoa parte do que outros líderes já ensinaram.
Assim como Donald Trump (EUA) e Nicolás Maduro (Venezuela), Bolsonaro usa suas redes para denunciar e contornar supostas mentiras da imprensa e de opositores. Como Rodrigo Duterte (Filipinas), tem um exército de apoiadores à disposição para assediar jornalistas que ousam expor seu governo, como foi o caso com as jornalistas Patrícia Campos Mello e Constanza Rezende. E como Narendra Modi (Índia), de tempos em tempos, busca amenizar sua imagem postando fotos amigáveis ao estilo "gente como a gente" (lembra do tuíte em que ele aparecia lavando a louça da casa?).
Para o brasileiro, foi uma estratégia de sucesso durante a campanha. Agora, no governo, talvez tenha que ser repensada.
Ele não está sozinho
Não é exclusividade nossa ter um presidente hiperativo e influente nas redes sociais. Segundo o estudo Twiplomacy 2018, feito pela agência de comunicação BCW's (Burson Cohn & Wolfe), 97% de todos os 193 estados membros da ONU têm uma presença oficial na plataforma --só ficam de fora Laos, Mauritânia, Nicarágua, Coreia do Norte, Suazilândia e Turquemenistão.
Foram identificadas 951 contas no Twitter, sendo 372 contas pessoais e 579 institucionais de chefes de Estado e de governo, além de ministros das Relações Exteriores de 187 países.
RANKING DOS TUITEIROS
- Bolsonaro - desde 31 de março de 2010 - 6464 tuítes - 1,96 por dia
- Trump - desde 18 de março de 2009 - 41.118 tuítes - 11,21 por dia
- Maduro - desde 8 de março de 2013 - 99.253 tuítes - 44,75 por dia
- Modi - desde 10 de janeiro de 2009 - 22.870 tuítes - 6,12 por dia
Fonte: SocialBearing, em 5 de abril de 2019
O relatório aponta que, de todos os chefes de Estado, Trump (@realDonaldTrump) é o mais influente, por ter mais alcance. Com quase 60 milhões de seguidores, chegou a ter uma publicação retuitada mais de 327 mil vezes.
Era um GIF de um ringue de luta, em que Trump esmurrava um homem cuja cabeça havia sido substituída pelo logo da rede CNN, chamada por ele de Fraud News Network.
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