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Mercado reduz ritmo antes de CCJ e deixa dólar perto da estabilidade ante real

22/04/2019 17h13

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar terminou esta segunda-feira perto da estabilidade ante o real, à medida que agentes de mercado optaram por movimentações leves e sem abertura significativa de novas posições antes da votação da reforma da Previdência na CCJ da Câmara, prevista para terça-feira.

Porém, numa evidência do clima de apreensão do mercado, a volatilidade implícita das opções de dólar/real voltou a subir, rondando máximas em quase quatro semanas.

O dólar à vista fechou com variação positiva de 0,08 por cento, a 3,9328 reais na venda.

A cotação oscilou entre queda de 0,40 por cento (a 3,9139 reais) a alta de 0,18 por cento (para 3,9370 reais).

Na B3, a referência do dólar futuro subia 0,43 por cento, a 3,9375 reais.

"O clima é de espera", resumiu Thiago Silencio, operador de derivativos na CM Capital Markets. Segundo ele, diante da expectativa de que o texto da reforma seja aprovado na CCJ, será importante voltar as atenções para o placar potencialmente favorável ao governo.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, admitiu nesta segunda-feira que pequenas mudanças na reforma da Previdência serão anunciadas até a manhã de terça-feira, em meio à negociação com parlamentares para a votação do texto na CCJ da Câmara.

O receio é que as concessões do governo possam desidratar a reforma, com risco de economia substancialmente menor que a de 1,1 trilhão de reais defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

A postura mais cautelosa do mercado de certa forma "protegeu" o câmbio de uma depreciação mais intensa nesta sessão, marcada por perdas em moedas de perfil semelhante ao real, como rand sul-africano , sol peruanno e peso mexicano .

Ainda assim, a apreensão foi explicitada na alta de uma medida de incerteza do mercado --a volatilidade implícita, calculada a partir dos preços das opções de compra (call) de dólar.

A volatilidade implícita subiu nesta segunda-feira para 13,5330 por cento, reaproximando-se da taxa de 13,5580 por cento alcançada no último dia 17, maior patamar desde 27 de março (15,1250 por cento).

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