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Papa afirma na Vigília Pascal que medo e pecado acabam com esperança

20/04/2019 17h37

Cidade do Vaticano, 20 abr (EFE).- O papa Francisco disse neste sábado, durante a Vigília Pascal, que o medo, o pecado e o mundanismo acabam com a esperança e abrem passagem à desconfiança, e lamentou que às vezes as pessoas acreditem "com resignação que a morte é mais forte que a vida".

A cerimônia começou às 20h30 (horário local, 15h30 de Brasília) com a basílica de São Pedro do Vaticano totalmente na penumbra e em silêncio, com o que se lembrou a dor da morte de Jesus Cristo.

O papa abençoou o fogo e fez um incisão sobre o círio pascal, gravando uma cruz, a primeira e a última letra do alfabeto grego - alfa e ômega - e os números do ano corrente.

Depois, percorreu em procissão a basílica, ainda às escuras, até chegar ao altar maior, quando se acenderam as luzes e se proclamou o chamado "Exultet", o hino pascal.

O papa dedicou sua homilia a falar das que chamou de quatro grandes pedras da vida dos seres humanos, "contra as quais se chocam as esperanças e as expectativas: a morte, o pecado, o medo e o mundanismo".

"A Páscoa é a festa da remoção das pedras", destacou, em uma basílica repleta de fiéis.

Francisco criticou que "frequentemente a esperança se vê obstaculizada pela pedra da desconfiança", e disse que "quando se afiança a ideia que tudo vai mal e que, no pior dos casos, não termina nunca", acaba se acreditando "com resignação que a morte é mais forte que a vida" e é quando as pessoas se transformam em "cínicas e zombadoras, portadoras de um nocivo desalento".

O papa lamentou também que os homens às vezes construam dentro de si mesmos "um monumento à insatisfação, o sepulcro da esperança" e fazem com que a vida "acabe sendo escrava das queixas e espiritualmente doente".

Por fim, Francisco rejeitou as "vaidades mundanas", como o dinheiro, a carreira, o orgulho e o prazer, que não deixam ver o verdadeiramente importante da vida. EFE

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