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Ministro do Interior dos houthis iemenitas morre em hospital no Líbano

20/04/2019 19h03

Cairo, 20 abr (EFE).- O ministro do Interior do governo dos rebeldes iemenitas houthis, Abdelhakim al Mauri, morreu em um hospital no Líbano onde estava sendo tratado de uma doença crônica, segundo informou neste sábado uma fonte oficial.

Em comunicado reproduzido pela emissora "Al Masira", porta-voz dos houthis, o Ministério do Interior afirmou que "o tenente-general Abdelhakim al Mauri faleceu enquanto recebia tratamento em um hospital da república irmã do Líbano por uma doença crônica", mas não ofereceu mais detalhes sobre as causas ou a data de sua morte.

Al Mauri, nascido em 1960 na província de Al Bayda, no centro do Iêmen, foi nomeado ministro em dezembro de 2017, em substituição de Mohammed Abdalah al Qusi, na primeira mudança que os houthis realizaram após a morte do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, baleado pelos rebeldes quando tentava escapar da capital iemenita depois de romper a aliança com os primeiros.

O falecido ministro assumiu este cargo "em um dos momentos mais difíceis da história do Iêmen", ressaltou o ministério, acrescentando que sua morte representa "uma perda para a segurança" do país e também a "perda de uma das suas figuras políticas mais proeminentes e um dos líderes nacionais".

O governo dos rebeldes iemenitas perde uma das suas figuras políticas em um momento no qual tenta alcançar com o governo reconhecido internacionalmente de Abd Rabbuh Mansur al Hadi, com o qual estão em guerra, um acordo para recuar as tropas da estratégica cidade de Hodeida, dominada pelos rebeldes.

Na nota, o Ministério do Interior declarou que Al Mauri "enfrentou e repeliu todos os planos da agressão saudita-americana que teve como objetivo desestabilizar a segurança e estabilidade do Iêmen".

Desde março de 2015, o Iêmen é palco da intervenção de uma coalizão árabe, capitaneada pela Arábia Saudita e respaldada pelos Estados Unidos, que apoia as tropas de Hadi, exilado em Riad, e que recrudesceu um conflito que fez com que o Iêmen seja o cenário da maior crise humanitária do mundo atualmente. EFE

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