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CORREÇÃO-EXCLUSIVO-Tereos mantém busca para ampliar financiamento, dizem fontes

20/04/2019 13h41

Por Sybille de La Hamaide

PARIS (Reuters) - (Corrige o título e o parágrafo 1 para deixar claro que o processo está em andamento, e para deixar claro no parágrafo 5 que nenhuma oferta foi finalizada em 15 de abril)

O grupo francês de açúcar Tereos ainda está trabalhando para encontrar mais bancos para distribuir o risco de um empréstimo de 250 milhões de euros garantido no início deste ano, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.

A Tereos, segunda maior produtora de açúcar do mundo, tem lutado com condições ruins do mercado desde que a União Europeia encerrou o regime de cotas, em 2017, alertando que isso causaria perdas pelo segundo ano consecutivo nesta temporada.

A endividada cooperativa disse em fevereiro que havia firmado um empréstimo de 250 milhões de euros com BNP Paribas, Natixis e Rabobank, para recomprar metade de seus bônus de 2020 com um ano de antecedência.

A Tereos lançou uma rodada com cerca de 10 bancos, incluindo outros membros de seu pool bancário e alguns novos, em uma oferta para distribuir o risco, segundo as fontes.

A chamada, por 50 milhões de euros, não atraiu nenhum interessado até 15 de abril, afirmaram.

"O grupo está em diálogo constante com seus parceiros financeiros em várias operações ao redor do mundo. O grupo não comenta estas discussões privadas, que, vistas isoladamente, podem dar uma visão enganosa do financiamento do grupo", disse a Tereos em um comunicado via e-mail.

Potenciais interessados foram afastados pelas condições ruins enfrentadas pelos produtores de açúcar europeus, com um colapso nos preços, mas também pelo alto índice de dívidas da empresa, que batia 2,7 bilhões de euros ao final de 2018 (alta de 4,5 por cento ante 2017), e pelos fracos resultados esperados para este ano, disse uma fonte.

"O problema aqui foi o risco significativo. O preço oferecido falhou em atrair bancos", afirmou uma fonte. "Isso significa que eles terão de pagar mais e ir para outro lugar."

Natixis e BNP se recusaram a comentar. O Rabobank não estava imediatamente disponível para comentários.

(Reportagem adicional de Mathieu Protard em Paris e Jonathan Saul em Londres)

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