EUA efetuam primeira detenção por assalto na embaixada norte-coreana em Madri
Washington, 19 abr (EFE).- As autoridades americanas efetuaram nesta quinta-feira a primeira detenção relacionada com o misterioso assalto à embaixada da Coreia do Norte em Madri, no último mês de fevereiro, segundo antecipou nesta sexta-feira o jornal "The Washington Post".
Trata-se de Christopher Ahn, ex-fuzileiro naval americano, membro do grupo Free Joseon (Coreia Livre), centrado na derrocada da dinastia Kim na Coreia do Norte, e que deve comparecer diante de um tribunal do distrito federal de Los Angeles, na Califórnia.Além disso, os agentes federais revistaram o apartamento de Adrian Hong, líder do grupo, acrescentou o jornal, que citou duas pessoas próximas à investigação.
Neste sentido, o advogado de Hong, Lee Wolosky, enviou um comunicado ao jornal no qual se mostrou "abatido pelo fato de o Departamento de Justiça dos EUA ter decidido executar ordens de detenção contra cidadãos americanos que se baseiam em queixas criminais apresentadas pela Coreia do Norte".
No assalto à embaixada norte-coreana, ocorrido em 22 de fevereiro em Madri, os funcionários da legação foram amarrados e agredidos durante horas por um grupo de sete homens que invadiu as instalações e roubou equipamentos informáticos antes de fugir, segundo o auto judicial publicado pela Audiência Nacional da Espanha.
O grupo opositor Free Joseon reivindicou a autoria do ataque, mas seu verdadeiro objetivo ainda não está claro.
Segundo o documento judicial, cinco pessoas ligadas ao assalto têm passaporte sul-coreano, e pelo menos três delas fugiram aos EUA (onde acredita-se que residem) após o ataque.
Uma delas chegou a compartilhar a informação obtida com o FBI já em território americano, de acordo com os documentos judiciais espanhóis.
As primeiras informações chegaram a especular que a CIA poderia ter estado envolvida na operação, devido ao fato de que aconteceu apenas cinco dias antes da segunda cúpula entre o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-Un, realizada em Hanói, no Vietnã.
No entanto, esta implicação foi desmentida categoricamente pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Robert Palladino. EFE
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