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Candidato que fez campanha pelas redes socias diz que vai "quebrar o sistema" na Ucrânia

19/04/2019 17h57

O grande favorito para a eleição presidencial na Ucrânia, o comediante Volodimir Zelenski, prometeu nesta sexta-feira (19) "quebrar o sistema" num debate com o atual presidente do país, Petro Poroshenko, dentro do estádio olímpico de Kiev diante de milhares de pessoas.

A dois dias do segundo turno, o ator de 41 anos, novato na política mas um "showman" profissional, e o presidente de 53 anos debateram sob os aplausos e vaias da gigantesca plateia.

"Estou convencido que poderemos quebrar o sistema, com gente correta, com outra mentalidade, uma mentalidade do século XXI", concluiu Zelenski após uma hora de debate. "O problema já não é estar cercado de corruptos e sim que venham a nos roubar por mais cinco anos".

Campanha pelas redes sociais

Este debate era muito aguardado, principalmente para se conhecer o candidato Zelenski, que fez campanha quase exclusivamente nas redes sociais. O comediante, com 20 anos de carreira nos palcos, usou muitas frases fortes e se apresentou como uma pessoa "simples" contra o "presidente mais rico" da história da Ucrânia.

"Não se pode brincar com o país", respondeu Poroshenko, que desde o começo do debate denunciou "a incompetência total" de seu adversário. "Um ator sem experiência não pode liderar uma guerra contra o agressor russo", disse.

Kiev e as potências ocidentais acusam Moscou de apoiar militarmente os separatistas pró-russos que controlam uma parte do leste da Ucrânia.

O debate, organizado no fim da campanha oficial, era a última oportunidade do presidente Poroshenko para ganhar pontos e diminuir a distância de seu rival, que tem 70% das intenções de voto de acordo com as pesquisas eleitorais.

Desde o início da corrida presidencial, Poroshenko se apresenta como a única barreira contra a Rússia de Vladimir Putin, e insistiu nos últimos dias nos riscos de um salto em direção ao desconhecido para o país que enfrenta sua pior crise desde a independência em 1991.

(Com informações da AFP)

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