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Assessores de Putin e Trump abordam relações bilaterais em Moscou

18/04/2019 09h30

Moscou, 18 abr (EFE).- O assessor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, Yuri Ushakov, se reuniu nesta semana em Moscou com a assessora do Conselho de Segurança Nacional para questões russas, Fiona Hill, para tratar questões relativas às "relações bilaterais", informou nesta quinta-feira o Kremlin.

Hill visitou Moscou entre os dias 16 e 17 de abril, segundo fontes citadas pela agência oficial "RIA Novosti".

"Houve reuniões na administração, sim. Com Ushakov. Foram abordados temas das relações bilaterais", indicou em entrevista coletiva o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, que não deu mais detalhes, mas descartou a realização de uma possível nova reunião entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os dois líderes se reuniram em julho de 2018 em Helsinque e desde então não aconteceu nenhum novo encontro entre ambos.

Segundo as fontes citadas pela agência de notícias, Hill também se reuniu durante sua estadia na capital russa com o vice-ministro das Relações Exteriores Sergey Riabkov, com quem falou da situação na Venezuela e na Síria, assim como das relações bilaterais.

O conflito na Síria é um dos temas em que Moscou e Washington "mantêm um certo diálogo produtivo", afirmou a fonte, enquanto no caso da crise na Venezuela as duas partes têm "diferenças bastante profundas".

Os EUA foram o primeiro país a reconhecer, junto a uma aproximadamente 50 nações, o chefe da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente legítimo do país andino, depois que em 23 de janeiro o mesmo se autoproclamou governante interino, enquanto a Rússia é, junto com a China e a Turquia, fiel aliada do presidente Nicolás Maduro.

Durante a reunião não foi tratada a publicação do relatório do procurador-especial Robert Mueller sobre a trama russa, que será divulgado nesta quinta-feira e no qual destaca a principal conclusão de que nem Trump e nem seu entorno conspiravam com o Kremlin para ganhar as eleições para a Casa Branca em 2016 contra a democrata Hillary Clinton.

"A publicação do relatório é altamente esperada nos EUA, mas não aqui. Para nós este não é um tema de interesse, temor ou preocupação. Todos estes relatórios de Mueller e outros documentos não revelaram nada até hoje. Por isso temos coisas mais importantes e interessantes para tratar", disse Peskov a respeito. EFE

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