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ONU pede US$ 282 milhões para ajudar Moçambique após passagem de ciclone

25/03/2019 20h27

Nações Unidas, 25 mar (EFE).- A ONU pediu nesta segunda-feira US$ 282 milhões em doações para financiar durante os próximos três meses a ajuda a Moçambique após a passagem do ciclone Idai.

Segundo o chefe humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock, as prioridades atualmente são garantir água potável, saneamento e higiene e melhorar a segurança alimentar em médio prazo.

Durante uma entrevista coletiva, Lowcock assegurou que vários governos já estão respondendo com dinheiro, mas reconheceu que, por enquanto, os fundos necessários são muitos maiores que os obtidos.

Segundo os últimos dados, o ciclone deixou em Moçambique pelo menos 447 mortos, aos quais se somam cerca de mais 300 vítimas mortais entre o Zimbábue e o Malawi.

A ONU deve informar nos próximos dias suas solicitações de fundos para a resposta humanitária a essas duas nações.

Nos três países, as fortes chuvas causaram graves inundações, deixando áreas totalmente isoladas durante dias e provocando uma grande destruição de infraestruturas básicas.

Segundo as organizações humanitárias, as condições disparam o risco de surtos de doenças como o cólera.

Os cálculos indicam que o ciclone afetou de forma direta quase 770.000 pessoas, muitas das quais esperam alimentos, remédios, água potável, sistemas de saneamento e materiais para poder construir refúgios.

Segundo dados do governo de Moçambique, mais de 3.100 escolas, frequentadas por cerca de 90.000 estudantes, ficaram destroçadas, mais de 33.500 casas estão completa ou parcialmente destruídas, e foram perdidos 500.000 hectares de cultivos que estavam prestes a serem colhidos.

No vizinho Zimbábue, aonde o ciclone chegou em 15 de março, helicópteros privados e das forças áreas distribuem sem pausa comida às comunidades de Chimanimani e Chipinge, os dois distritos do leste do país mais afetados.

As missões de avaliação estimam que 37% da população de Chipinge e 77% da de Chimanimani necessitam de comida com urgência. EFE

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