Bolsonaro tem como lema 'tudo pela paz'; ele vai buscar a paz, diz porta-voz
"Nosso presidente não foi boina azul (que identifica tropas das Forças de Paz da ONU), mas tem como tema tudo pela paz fim de interlocução, convencer e até aceitar ser convencido sobre planos de governo", disse. O porta-voz também falou que o clima é "ótimo". "Classificação de clima não é azedo, mas outono, verão, inverno...", reagiu o porta-voz ao questionamento da imprensa.
Rêgo Barros desconversou, no entanto, ao ser questionado sobre a previsão de um encontro entre Bolsonaro e Maia. Indagado sobre o assunto, respondeu que Bolsonaro "fará todos os esforços para que a proposta da Previdência avance sob a batuta o Congresso", mas entende que é "parte da solução" para garantir a aprovação. Uma das demandas de Maia e de parlamentares é que Bolsonaro assuma a articulação e não transfira esse papel para os congressistas.
Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi escalado como "tradutor" de Bolsonaro em almoço com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para acalmar os ânimos.
Embaixada em Israel
A eventual mudança da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém é algo que "merece um estudo mais aprofundado" e não deve ser anunciada na visita presidencial a Israel, disse o porta-voz. Esse estudo, segundo ele, se dará "ao longo do tempo e no tempo necessário".
O presidente Bolsonaro deve viajar a Israel no próximo sábado, 30. O retorno está previsto para terça-feira, 2. A programação ainda não foi definida. O porta-voz não informou também os integrantes da comitiva que vão acompanhar Bolsonaro.
A mudança da embaixada do Brasil em Israel foi uma promessa de campanha de Bolsonaro. Somente Estados Unidos e Guatemala transferiram suas embaixadas para Jerusalém, cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos. A maioria dos países mantém embaixadas em Tel Aviv, capital comercial de Israel.
O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pode gerar atritos com palestinos e com a comunidade árabe - um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Por outro lado, essa medida agradaria a uma parte das comunidades judaica e evangélica, base de apoio de Bolsonaro.
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