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'Relatório Mueller' inocenta Trump de conluio com Rússia

24/03/2019 19h31

NOVA YORK, 24 MAR (ANSA) - O inquérito do procurador especial Robert Mueller, que investigou as suspeitas de interferência da Rússia nas eleições para a Presidência dos Estados Unidos de 2016, não encontrou evidências de conluio entre a campanha de Donald Trump e Moscou.   

O relatório foi entregue por Mueller na última sexta-feira (22) ao secretário de Justiça e procurador-geral dos EUA, William Barr, crítico do "Russiagate". Em uma carta enviada neste domingo (24) ao Congresso, Barr diz que o procurador especial não identificou que "a campanha de Trump ou alguém associado a ela tenha conspirado com o governo russo".   

Apesar disso, o relatório reconhece que indivíduos ligados à Rússia fizeram "várias ofertas" para ajudar o republicano. O "relatório Mueller" não livra Trump da suspeita de obstrução de Justiça, embora também não o acuse. Segundo o documento, não há provas suficientes contra o presidente para denunciá-lo por esse crime.   

"Nenhum conluio, nenhuma obstrução, completa e total absolvição", comemorou Trump no Twitter, afirmando ser "uma vergonha" que um presidente tenha de passar por uma situação do gênero. Para o magnata, o inquérito de Mueller foi um "golpe ilegal que fracassou".   

Já a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, e o líder do partido no Senado, Chuck Schumer, disseram que a carta de Barr "levanta muitas perguntas" e que o secretário de Justiça "não é um observador neutro". Eles pedem a divulgação do relatório na íntegra.   

Os democratas apostavam na publicação do relatório para desgastar a imagem de Trump e enfraquecê-lo para as eleições presidenciais de 2020. O magnata, que usará as conclusões para reforçar a tese de "caça às bruxas", ainda pode se complicar por causa do inquérito da Procuradoria-Geral de Nova York sobre as Organizações Trump, baseado nas revelações de seu ex-advogado Michael Cohen. (ANSA)
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