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Pesquisas indicam vitória de partido pró-democracia em eleições na Tailândia

24/03/2019 08h21

Bangcoc, 24 mar (EFE).- O partido pró-democracia Pheu Thai venceu neste domingo as eleições realizadas na Tailândia, o primeiro pleito após quase cinco anos de regime militar, de acordo com pesquisas divulgadas depois do fechamento das urnas no país.

O Pheu Thai teria conquistado entre 163 e 173 das 500 cadeiras em disputa na Câmara dos Deputados, segundo os levantamentos feitos pelos institutos Super Poll e Suan Dusit. O segundo lugar ficou com o Phalang Pracharat, partido pró-militar, com 96 parlamentares.

O resultado previsto pelas pesquisas, no entanto, não garante a derrota dos militares, já que o novo primeiro-ministro será eleito pelos 500 deputados em uma votação conjunta com os 250 senadores do país, escolhidos a dedo pela junta militar.

O Partido Democrata, mais ligado às classes média e alta e às elites monárquicas do país, teria obtido entre 77 e 88 cadeiras no novo parlamento, seguido pelo Bhumjathai (entre 40 e 59 cadeiras) e pelo Anakot Mai (Novo Futuro), que pode ter até 49 deputados.

As duas pesquisas, realizadas na véspera foram divulgadas apenas depois da eleição, a primeira realizada no país desde 2014 e na qual mais de 51 milhões de pessoas estavam aptas a votar.

Os partidos pró-militares precisam de 126 cadeiras na Câmara dos Deputados para escolher o primeiro-ministro, caso consigam garantir também todos os votos dos 250 senadores.

Considerando o mesmo cenário, os partidos pró-democracia necessitam de 376 parlamentares para poder escolher o futuro chefe de governo da Tailândia.

A Comissão Eleitoral da Tailândia anunciou que os resultados oficiais começarão a ser divulgados a partir das 20h locais (10h em Brasília), três horas depois do fechamento das urnas.

As eleições de hoje ocorrem depois do golpe de Estado de maio de 2014, quando os militares derrubaram um governo do Pheu Thai.

O primeiro-ministro e chefe da junta militar, Prayut Chan-ocha, líder do Phalang Pracharat, tenta seguir no poder. EFE

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