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Panamá retira credenciais de embaixador de Maduro e outros funcionários

23/03/2019 01h33

Cidade do Panamá, 22 mar (EFE).- O Panamá retirou as credenciais de Jorge Durán, embaixador do governo de Nicolás Maduro, e de mais de uma dezena de funcionários diplomáticos venezuelanos, segundo informou o governo panamenho nesta sexta-feira, um dia depois da detenção do chefe do escritório do autoproclamado presidente em exercício da Venezuela, Juan Guiado.

"O Panamá tomou a decisão de retirar as credenciais de 14 funcionários da Missão Diplomática da Venezuela no Panamá, excetuando desta medida os funcionários de carreira e os que atendem os assuntos consulares", disse o Executivo de Juan Carlos Varela em comunicado.

Da mesma forma, e depois de receber na última segunda-feira as credenciais de Fabiola Zavarce como representante de Guaidó no país, "o Ministério das Relações Exteriores procedeu à retirada das credenciais do ex-embaixador Duran Centeno", acrescentou a carta oficial.

Com a retirada das credenciais a Duran, o governo panamenho "oficializou perante a comunidade internacional, através de uma comunicação ao Corpo Diplomático, que o Panamá reconhece apenas Zavarce como embaixadora da República Bolivariana da Venezuela".

O governo de Varela destacou que a retirada de credenciais aos 14 funcionários diplomáticos é uma medida que "vem um dia após a detenção arbitrária de Roberto Marrero, chefe de gabinete do Presidente Guaidó, uma ação que atenta contra os esforços de paz".

"O governo do Panamá continua avaliando e monitorando os recentes acontecimentos na Venezuela, e não descarta medidas adicionais diante das violações da liberdade que foram registradas. Além disso, o Panamá reitera o firme apelo pela sua libertação e pelo mais estrito respeito aos direitos e liberdades dos venezuelanos", finalizou o comunicado.

Varela já havia avisado que tomaria "medidas concretas" antes da prisão de Marrero, uma ação que em uma mensagem no Twitter, na quinta-feira, classificou de "violação da liberdade pelo regime de fato em Caracas". EFE

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