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Mueller não apresentará mais acusações em investigação sobre Rússia e Trump

22/03/2019 21h12

(Atualiza com declarações de funcionários americanos).

Washington, 22 mar (EFE).- O promotor especial Robert Mueller não apresentará mais acusações em sua investigação sobre os supostos laços entre a Rússia e a equipe de campanha para as eleições de 2016 do agora presidente, Donald Trump, segundo confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe um alto funcionário do governo.

Isto significa que a investigação de Mueller sobre a chamada "trama russa" terminou, embora as provas que colheu ainda possam ser usadas por promotores-gerais de algum dos 50 estados dos Estados Unidos, como Nova York, onde já se está trabalhando em outros casos graças essas averiguações.

Em entrevista à emissora "CNN", Peter Carr, o porta-voz de Mueller, disse que o promotor especial concluirá oficialmente seu serviço nos "próximos dias" e que, neste período, um "reduzido número de pessoas" ajudará nos trabalhos para fechar seu escritório, que manteve os EUA em expectativa durante dois anos.

Segundo o jornal "The New York Times", cinco dos 16 promotores de Mueller já teriam deixado a equipe nas últimas semanas.

O secretário de Justiça dos EUA, William Barr, recebeu hoje o relatório final de Mueller e. "no máximo neste final de semana", informará sobre seu conteúdo aos legisladores, segundo lhes antecipou hoje em carta.

Esse relatório final não inclui novas acusações, nem sequer sob segredo de justiça, segundo funcionários citados por vários meios de comunicação, o que descarta a possibilidade de que Trump possa ficar sujeito a uma acusação federal que só se torne pública uma vez que deixe a presidência, como afirmavam alguns rumores em Washington.

Embora Mueller não tenha apresentado acusações diretamente contra Trump, enviou provas sobre crimes não relacionados com a "trama russa" a promotores de outros estados, como Nova York, e é possível que essa informação derive em acusações no futuro.

Concretamente, Mueller colaborou em várias ocasiões com o ex-procurador-geral de Nova York, o democrata Eric Schneiderman (2011-2018), que foi substituído por Letitia James.

A investigação de Mueller resultou na acusação de 34 indivíduos, entre os quais aparecem seis ex-assessores de Trump. EFE

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