Rodrigo Maia x Sergio Moro: entenda a treta que movimentou as redes
Esqueça aquele grupo de família no WhatsApp. A troca de mensagens entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o Ministro da Justiça, Sergio Moro, está dando muito mais o que falar do que o seu "caso de família". Dúvida? Então vem ver:
Uma conversa entre Moro e Maia não só resultou em uma troca de "elogios", como também coincidiu com a prisão do ex-presidente Michel Temer e do seu ex-ministro Moreira Franco, ambos do MDB. Não viu nenhuma relação? A internet, sim:
Vamos aos detalhes. Sergio Moro, que apresentou o pacote anticrime no mês passado, resolveu mandar um zap para Maia cobrando rapidez no Congresso para discutir a pauta. Mas, antes que você escolha de qual lado vai ficar, um pouquinho de humor:
Ao receber a cobrança, Maia pediu para o Ministro da Justiça se colocar em seu devido lugar. Rolou ainda uma alfinetada: Maia chamou Moro de funcionário do presidente Bolsonaro e disse que ele fez um Ctrl + C / Ctrl + V no projeto de outro ministro...
Foi aí que Sergio Moro mandou, sabe-se lá pra quem, uma indireta dizendo que "o povo não aguenta mais":
Após a troca de mensagens vir a público na quarta à noite (20), na quinta pela manhã foi anunciada a prisão do ex-presidente Temer e do seu ex-ministro Moreira Franco, que é casado com a sogra de Rodrigo Maia. Foi aí que a internet ligou os pontos:
De acordo com o UOL, no momento da prisão do sogro, Maia estava reunido com cerca de 15 parlamentares na residência oficial. Ele interrompeu o encontro e deixou a sala para fazer ligações particulares e cancelou a agenda:
Enquanto Maia estava na dele, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) resolveu fazer um post colocando mais lenha na fogueira:
E ele não parou por aí. No Twitter, o filho do presidente Bolsonaro também compartilhou a declaração de Sergio Moro:
Foi então que Maia apareceu e estremeceu ainda mais as bases do governo. De acordo com o Estadão, o presidente da Câmara telefonou para Paulo Guedes, ministro da Economia, e mandou a real: pretende deixar a articulação política pela reforma da Previdência.
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