Venezuela diz que Trump e Bolsonaro fazem "apologia à guerra"
Caracas, 20 mar (EFE).- O governo de Nicolás Maduro acusou nesta quarta-feira os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro, de "fazer apologia à guerra", depois das declarações de ambos sobre a Venezuela durante uma reunião ontem na Casa Branca.
"É grotesco ver dois chefes de Estado fazerem apologia à guerra, uma flagrante violação da Carta das Nações Unidas", disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em comunicado, no qual considerou como "perigosas" as declarações dos presidentes.
Além disso, a Chancelaria venezuelana indicou que "é preocupante a influência americana no Brasil", assim como as "teses supremacistas" de Trump e Bolsonaro.
"Sem dúvida, ambos os presidentes refletem as ideias mais retrógradas para os povos da região, assim como para a paz e para a segurança mundial", acrescenta a nota.
Durante a reunião de ontem na Casa Branca, Trump afirmou que tanto ele quanto Bolsonaro mantêm "todas as opções sobre a mesa" em relação à Venezuela.
Além disso, o presidente americano advertiu que "ainda não" apostou nas "sanções realmente duras" e avaliou as restrições impostas até agora por Washington como "médias".
Por sua vez, Bolsonaro não descartou apoiar uma possível intervenção dos EUA na Venezuela.
Nesse sentido, o governo de Maduro reiterou sua denúncia diante desta ameaça e afirmou que "nenhuma aliança neofascista conseguirá minar a vontade independente e soberana do povo venezuelano".
"O Governo da República Bolivariana da Venezuela eleva sua denúncia diante desta ameaça contra a paz e a segurança internacional, ao mesmo tempo que chama os povos do mundo a estarem alertas por conta das pretensões de colocar a Amazônia ao alcance das potências militares extrarregionais", afirmou a Chancelaria no comunicado. EFE
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