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Trump apoia a ideia do Brasil se tornar membro da Otan

19/03/2019 21h48

Washington, 20 Mar 2019 (AFP) - O presidente Donald Trump levantou a possibilidade nesta terça-feira de o Brasil poder se tornar um membro da Otan.

"Eu... pretendo designar o Brasil como um grande aliado não integrante da Otan ou mesmo possivelmente, se começarmos a pensar nisso, talvez um aliado da Otan", afirmou Trump em coletiva conjunta com Jair Bolsonaro.

"Tenho que conversar com muita gente, mas talvez um aliado da Otan, o que seria um grande avanço na segurança e cooperação entre nossos países".

A Otan é integrada por 29 países, mas nenhum da América Latina ou situado no Atlântico Sul.

O status de "aliado preferencial fora da Otan" facilitaria o acesso do Brasil a armamento americano e outras vantagens. Apenas 17 países estão nesta categoria, incluindo a Argentina, desde 1998.

Ao ser perguntado no Salão Oval - antes da chegada de Bolsonaro - se ao Brasil deveriam ser concedidos os privilégios da Otan, Trump respondeu: "estamos analisando isto seriamente e, inclinados a fazê-lo".

"A relação que temos com o Brasil nunca foi tão boa. Acredito que houve muita hostilidade com outros presidentes e não há qualquer hostilidade comigo".

Trump aproveitou a coletiva na Casa Branca para pedir que as Forças Armadas da Venezuela abandonem seu apoio ao presidente Nicolas Maduro, chamando o líder de esquerda de uma "marionete cubana", em um apelo apoiado pelo Brasil.

"Pedimos aos membros do exército venezuelano que acabem com seu apoio a Maduro, que, na verdade, não passa de um fantoche cubano", afirmou Trump.

Segundo o presidente americano, as futuras sanções contra a Venezuela poderão "ser mais pesadas".

"Não aplicamos as mais severas sanções", disse Trump. "Eu diria que impusemos sanções médias, mas podemos ser muito mais duros se precisarmos", acrescentou, pouco depois de o Tesouro americano anunciar novas sanções contra o país sul-americano, desta vez contra a mineradora de ouro Minerven e seu presidente. Por fim, Trump, acusou as redes sociais, incluindo o Twitter, sua mídia favorita, de discriminar os usuários de direita.

"Parece que se a pessoa for conservadora, se for republicana, é discriminação. Vejo isso no Twitter e no Facebook", concluiu.

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