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ONU aponta aumento de denúncias de abuso sexual contra seus funcionários

18/03/2019 14h43

Nações Unidas, 18 mar (EFE).- As denúncias de abusos sexuais cometidos por funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), suas agências e entidades aumentaram em 2018, enquanto as acusações contra os "boinas azuis" diminuíram.

Segundo informou nesta segunda-feira as Nações Unidas, no ano passado houve 94 denúncias contra seus funcionários e 109 contra trabalhadores de organizações que a apoiam no terreno, um número - o segundo - que disparou com relação aos 25 casos de 2017.

A ONU assegura que o aumento se deve em boa medida a uma maior conscientização das vítimas sobre a importância de denunciar estes crimes e à sua própria política de "tolerância zero" com os abusos.

Enquanto isso, no caso das operações de manutenção da paz, os números se reduziram no ano passado, com 54 denúncias frente às 62 de 2017 e às 104 de 2016.

Os abusos cometidos na África por "boinas azuis" da organização foram um dos grandes escândalos ao qual a ONU enfrentou nos últimos anos.

Segundo os números divulgados nesta segunda-feira, no ano passado 74% das denúncias afetaram forças de missões desdobradas na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo.

Os outros supostos abusos foram cometidos por membros das operações no Mali, Haiti, Libéria e Sudão do Sul.

Entre os casos há vários estupros a menores, assédios sexuais, pagamentos por sexo e outras formas de abusos e exploração.

No relatório, o secretário-geral, António Guterres, disse que combater esta praga é uma prioridade para toda a organização, que também reforçou seus mecanismos para apoiar as vítimas e acelerar as investigações.

A ONU tem mais de 90 mil funcionários civis distribuídos em dezenas de entidades e mais de 100 mil uniformizados divididos em vários países. EFE

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